''Influência da temperatura no cultivo unialgal e misto de microalgas (crescimento e composição bioquímica) como subsidio para a produção de bicombustíveis''

Nome: FREDERICO PACHECO MILITÃO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/08/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Valéria de Oliveira Fernandes Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Camilo Dias Júnior Suplente Interno
FABÍOLA CHRYSTIAN OLIVEIRA MARTINS Suplente Externo
Levi Pompermayer Machado Examinador Externo
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Examinador Externo
Valéria de Oliveira Fernandes Orientador

Resumo: A biomassa microalgal tem diversas aplicações comerciais, sobretudo nas indústrias farmacêutica, de alimentos, da criação animal e, mais recentemente, de biocombustíveis. O uso de populações de microalgas em culturas mistas pode conferir vantagens como a redução de custos com contaminação e obtenção de biomassa rica em lipídeos, carboidratos e proteínas. O presente estudo, portanto, visou avaliar o cultivo unialgal e misto de Pseudopediastrum boryanum e Scenedesmus obliquus em duas diferentes temperaturas, em escala laboratorial, em termos da biomassa e da composição bioquímica. O experimento, em triplicata, foi conduzido, em estufas ajustadas as temperaturas de 20 e 30°C, em meio ASM1, fotoperiodo 12/12h e aeração constante por 21 dias. O inoculo foi de 150 mil células/mL para as monoculturas e 75 mil células/mL, de cada espécie, no cultivo misto. Maior densidade celular (13,6 x106 cel/mL) e biomassa (55 g/L) foram registrados no cultivo unialgal de S. obliquus em 30°C. Maiores concentrações de proteínas (672,6 mg/g) foram registradas nos tratamentos P20 e S20 e de carboidratos (6,17 mg/g) em P30. Não houve diferença significativa no teor de lipídeos totais extraídos nos tratamentos S20 (95,5 mg/g), P20 (96,3 mg/g) e M20 (105,3 mg/g). A composição dos FAMEs nas microalgas variou de forma significativa no que diz respeito ao número de insaturações, sendo em sua maioria composta de ácidos graxos monoinsaturados (14-41,8%) e tri-insaturados (18,8-33,2%). Com base nos resultados, conclui-se que cultivo misto de S. obliquus e P. boryanum não demonstrou bons resultados de crescimento e produção de bioquímicos. Alterações na temperatura influenciam o crescimento e a produção de grande parte dos biocompostos, entretanto essa influência difere entre os tratamentos. O perfil de FAMEs não se adequa as normas vigentes para a produção de biocombustíveis, todavia a biomassa rica em proteínas e ácidos graxos essenciais (Ômega 3), sugere um potencial uso como suplemento na alimentação humana e de animais.

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