EFEITOS ALELOPATICOS DO EXSUDATO DE Microcystis aeruginosa (KÜTZING) KÜTZING SOBRE AS RESPOSTAS FISIOLOGICAS DE Scenedesmus acuminatus (LAGERHEIM) CHODAT

Nome: PÂMELA FERREIRA MIRANDA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/08/2017

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Camilo Dias Júnior Examinador Interno
FABÍOLA CHRYSTIAN OLIVEIRA MARTINS Examinador Externo
Silvia Tamie Matsumoto Suplente Interno
Stéfano Zorzal de Almeida Suplente Externo
Valéria de Oliveira Fernandes Orientador

Resumo: RESUMO

As cianobactérias têm uma ampla distribuição geográfica, sendo importantes membros das comunidades fitoplanctônica e perifíticas de ambientes marinhos e de água doce. Umas das preocupações, no que concerne esses organismos, está na capacidade destes, produzirem metabolitos secundários denominados cianotoxinas, que são altamente alelopáticos que conferem uma vantagem competitiva às espécies produtoras. Muitos trabalhos sugerem que cianotoxinas provocam uma serie de impactos a toda cadeia trófica, uma vez que afetam a fisiologia dos organismos fotoautotróficos. Sendo assim, o presente estudo visa avaliar os efeitos alelopáticos do exsudato de Microcystis aeruginosa (KÜTZING) KÜTZING sobre a fisiologia de Scenedesmus acuminatus (LAGERHEIM) CHODAT. A microalga Scenedesmus acuminatus foi submetida aos exsudatos das cepas de Microcystis aeruginosa produtora (MCs+) e não produtora (MCs-) de microcistina em três concentrações diferentes (0.5, 1 e 5 &#956;g.L-1) e ao meio controle (ASM1) totalizando sete tratamentos, todos em triplicata, os quais foram mantidos na sala de cultivo a uma temperatura de 22 ± º C, fotoperíodo de 12h de claro/escuro com uma intensidade luminosa de aproximadamente (40&#956;mol.m2.s-1) e pH no início no experimento em torno de 7,0 sendo cultivadas durante 20 dias. Foram realizadas analises de densidade celular, biovolume, clorofila e estresse oxidativo, por meio da quantificação das enzimas antioxidantes CAT, APX e SOD. Os dados obtidos foram submetidos a testes de normalidade com posterior análise de variância ANOVA seguido de teste de Tukey. Para os dados não paramétricos foi realizado o teste Kruskal – Wallis com (p< 0.05). Os resultados demostram que as maiores concentrações dos tratamentos tóxicos (MCs+ 1.0 e 5.0) apresentam ter um efeito inibitório significativo no crescimento e biovolume de S. acuminatus. Quanto ao teor de clorofila os tratamentos (MCs+ 5.0 e MCs- 5.0) registraram uma queda desde 15° dia de cultivo obtendo os menores valores de clorofila (3,93 e 3,43 &#956;g.mL-1) no último dia de experimentação. Já para as enzimas CAT e APX não houve diferença significativas da atividade antioxidante entre os tratamentos em relação ao controle em todos os dias de coleta, no entanto, a enzima SOD apresentou um aumento mais evidente na sua atividade nos dias 5, 10 e 15 de cultivo, nos tratamentos na presença de toxicidade (MCs+ 5.0; 1.0 e 0.5). Com base nos resultados, conclui-se que a microalga S. acuminatus mostrou responder de forma heterogênea ao estresse provocado pelos exsudatos MCs+ e MCs-, visto que, os ensaios expostos as altas concentrações de MCs+ (1.0, e 5.0) demonstraram ser mais sensíveis aos efeitos alelopáticos, provenientes do exsudato tóxico e para algumas analises fisiológicas o tratamento MCs- (5.0) demostrou ocasionar efeitos inibitórios equivalentes aos ensaios expostos aos tratamentos (MCs+ 5.0 e 1.0).
Palavras chaves: Alelopatia. exsudato. microcistina. Scenedesmus acuminatus.

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