Relação do fluxo de íons (H+) em raízes com as atividades alelopáticas e mutagênicas do extrato etanólico e da nanodispersão de Mikania glomerata Spreng.

Nome: MONIQUE ELLEN FARIAS BARCELOS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 19/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Antelmo Ralph Falqueto Suplente Interno
Elias Terra Werner Examinador Interno
Geralda Gillian Silva Sena Examinador Externo
Hildegardo Seibert França Examinador Interno
Juliana Macedo Delarmelina Examinador Externo
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Orientador
Ricardo Machado Kuster Suplente Externo

Resumo: RESUMO
A Mikania glomerata Spreng é uma espécie muito estudada sobre o aspecto
etnofarmacológico e produção de compostos secundários, como as cumarinas. Esses
compostos vêm sendo associados ao uso de nanopartículas as quais são utilizadas
para associar compostos ativos vegetais, pouco solúveis, aumentando mais a
biodisponibilidade desses. Assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a
capacidade iônica do extrato e nanodispersão do teor de cumarina (0,001; 0,002;
0,004; 0,008 e 0,016 mg/mL) de Mikania, relacionando essa capacidade com uma
potencial atividade alelopática e mutagênica em raízes de Lactuca sativa e Allium
cepa. O fluxo de H+
foi determinado na zona de alongamento das raízes, usando
sistema vibratório de íons seletivos. A atividade alelopática foi avaliada por meio de
ensaio de germinação. Após sua protrusão, as raízes foram fotografadas e analisadas
em software ImageJ. Para avaliar a atividade mutagênica, as sementes foram
germinadas em placas de Petri em triplicata e receberam 5mL de extrato de Mikania
nas mesmas concentrações utilizadas para a nanodispersão, além dos grupos:
cumarina pura 0,002 mg/mL (CuP); controle positivo metilmetanosulfonado a 4x10-4M
(MMS) - como controle positivo - e o controle negativo (água destilada). Após a
protrusão das raízes, foram confeccionadas lâminas para análise do índice mitótico e
possíveis anomalias cromossômicas. Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA
e teste de médias (p<0,05). O fluxo de H+
, na curva dose-resposta, apontou a
concentração de 0,002 mg/mL, sendo a melhor concentração para comparação aos
demais tratamentos. Foi possível, também, observar que todos os tratamentos
promoveram inibição do fluxo de H+
, quando comparados ao controle negativo. De
forma similar, foi encontrado no fluxo de teores de cumarina em nanodispersão, em
que foi possível evidenciar uma oscilação, de acordo com as concentrações
analisadas. Esse resultado pode estar relacionado à inibição da germinação de
sementes, diferenciação celular anormal e redução do crescimento das plantas. Nas
análises de atividade alelopática, foi observado que a Lactuca sativa apresentou uma
maior queda na porcentagem de germinação e aumento mais expressivo do índice
de alelopatia, quando comparada ao Allium cepa, na concentração de 0,004mg/mL
de teor de cumarina no extrato. No entanto, para o ensaio com nanodispersão, foi
evidenciado que, em ambos os organismos testes, houve uma queda significativa da
germinação e/ou inibição da germinação, quando comparada ao controle,
proporcionando maior atividade alelopática. Quanto à atividade mutagênica, em
tratamento contínuo, a CuP promoveu um maior efeito clastogênico, indicando que a
cumarina isolada promove mais danos à célula vegetal do que quando associada a
outros compostos presentes no extrato de guaco. No tratamento descontínuo do
extrato, foi possível verificar que, tanto para 24h, 48h, quanto para o tratamento da
Recuperação, houve uma queda do índice mitótico. No tratamento de 24h, a
concentração de 0,001mg/mL apresentou efeito clastogênico, quando comparada ao
controle negativo.
Palavras-chave: Prótons • Mutagenicidade • Alelopatia • Allium cepa.

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