Alocação de carbono e resposta oxidante em dois morfotipos de Paubrasilia echinata submetidos a diferentes condições de déficit de pressão de vapor e temperatura

Nome: XISMENIA SOARES DA SILVA GASPARINI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 06/11/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador
Paulo Cezar Cavatte Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Camilla Rozindo Dias Milanez Examinador Interno
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador
Gloria Maria de Farias Viégas Aquije Examinador Externo
LEONARDO VALANDRO ZANETTI Suplente Externo
MARCOS THIAGO GAUDIO GOMES Examinador Externo
Paulo Cezar Cavatte Examinador Interno
Silvia Tamie Matsumoto Suplente Interno

Resumo: Paubrasilia echinata é uma espécie arbórea originária da Mata
Atlântica. Essa espécie apresenta diferentes morfotipos, entre eles o pequeno
e médio que se diferem na morfologia e hábito ecológico. O morfotipo
pequeno é descrito como uma planta ombrófila, enquanto o morfotipo médio
apresenta comportamento heliófilo. A partir dos relatórios climáticos
divulgados, nota-se que poderão ocorrer perturbações ambientais
decorrentes dessas mudanças. Segundo os relatórios, para porção nordeste
da Mata Atlântica espera-se um aquecimento intenso e redução do índice
pluviométrico. Já para a porção sul/sudeste, as tendências indicam clima
mais quente, com intensificação nos padrões de chuva. Objetivou-se com
este trabalho avaliar o efeito combinado de déficit de pressão de vapor (DPV)
e temperatura na alocação de carbono, bem como as respostas antioxidantes
não enzimáticas (flavonóides, fenóis e MDA), como mecanismos de
tolerância a essas alterações climáticas. Para tanto, plantas dos morfotipos
pequeno e médio foram submetidos a quatro diferentes ambientes (A)
controlados, sendo A1- baixo DPV e temperatura (0,7 KPa e 25,9°C); A2-
baixo DPV e alta temperatura (31,6°C e 1,0 KPa); A3- alto DPV e temperatura
(32,6°C e 3,1 KPa) e A4- alto DPV e baixa temperatura (26°C e 1,7 KPa). As
análises de açúcares solúveis (AS), sacarose, açúcares redutores (AR),
amido e polímeros de parede (celulose, hemicelulose e lignina) foram
realizados nos três órgãos (folha, caule e raiz) de plantas dos dois morfotipos.
Já as análises referentes ao sistema oxidante não enzimático foram
realizadas nas folhas. Ambos os morfotipos demostraram, no ambiente A3,
maior concentração de AS foliar em relação ao caule e raiz. Esse resultado
apresentou maior concentração de AR e menor concentração de sacarose
foliar, uma vez que esse carboidrato pode ser utilizado como osmorregulador,
além de ser o principal fotoassimilado translocado em plantas, podendo ser
utilizado em outras reações. As raízes do morfotipo pequeno, sob
temperatura elevada, apresentaram maior concentração radicular de
sacarose em comparação com aos demais ambientes. Observou-se que, nos
dois morfotipos, a concentração de AR foi superior em folhas, principalmente
em A3. Sob alto DPV, principalmente em A3, o morfotipo pequenoapresentou maior concentração de amido radicular e menor concentração
nas folhas. Já no morfotipo médio, a alocação de amido foi maior nas folhas
em relação aos demais órgãos. A maior concentração de amido está
relacionada a órgãos de armazenamento (sementes, tubérculos, raízes...) e
sua menor concentração foliar está relacionada a condições de estresse. Já a
elevada concentração de lignina nas raízes de ambos os morfotipos pode
favorecer o transporte de água, além de proteger os tecidos vegetais de
degradação quimica/biológica. A maior concentração de celulose e
hemicelulose foi observada nos caules de A1 do morfotipo médio, sendo o
inverso para o morfotipo pequeno. Quanto á reação oxidante, o morfotipo
pequeno apresentou maior teor de H2O2 em A4, onde a peroxidação lipídica,
indicada pelo maior teor de MDA, foi maior. O mesmo resultado foi observado
para o morfotipo médio no A1. Nessas condições, o sistema antioxidante não
enzimático mostrou-se ineficiente devido às menores concentrações de
fenóis e flavonóides. Em ambiente de maior temperatura, o morfotipo
pequeno (A2) e o morfotipo médio (A3) apresentaram menor concentração de
H2O2 e MDA. Esse resultado pode sugerir menor dano celular, devido a
menor peroxidação lipídica. Sendo assim, pode-se concluir que A1 e A4
aparentam ser condições estressantes para o morfotipo pequeno e médio,
respectivamente. Entretanto A2 e A3 podem ser considerados ambientes
favoráveis, respectivamente, para os morfotipos pequeno e médio.
Palavras-chave Pau-brasil . DPV . Temperatura . Carboidratos - ERO’s

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