Potencial alelopático e composição fitoquímica do híbrido Eucalyptus urograndis

Nome: Maria Gabriela Marques de Souza
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/03/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Hildegardo Seibert França Orientador
Viviana Borges Corte Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Elias Terra Werner Suplente Interno
Hildegardo Seibert França Orientador
Janaína Brandão Seibert Examinador Externo
MARCOS THIAGO GAUDIO GOMES Suplente Externo
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Examinador Interno
Viviana Borges Corte Coorientador

Resumo: O gênero Eucalyptus possui um elevado interesse econômico, por sua versatilidade em relação a sua utilização e pelo potencial de sua madeira. A alelopatia exercida sobre outras plantas é um dos efeitos negativos associados a monocultura de Eucalyptus. O híbrido Eucalyptus urograndis (E. urophylla x E. grandis) é amplamente utilizado no Brasil por suas características desejáveis, como a qualidade de madeira e a sua resistência a seca e ao cancro do eucalipto, causado por Cryphonectria cubensis. Apesar de sua elevada importância econômica, estudos direcionados ao híbrido em questão, abordando sua atividade alelopática, são escassos. O objetivo deste trabalho é avaliar o potencial alelopático de extratos etanólicos e suas frações, obtidos de folhas maduras e da serrapilheira de Eucalyptus urograndis, sobre a germinação e crescimento inicial de Lactuca sativa L. e Cedrela fissilis Vell.. O material vegetal foi submetido a extração com etanol até seu esgotamento. O extrato bruto obtido foi fracionado, obtendo-se as frações hexano (HEX), diclorometano (DCM), acetato de etila (ACE), butanol (BUT) e aquosa (AQ). Para testar o potencial alelopático dos extratos e frações foi realizado um bioensaio de germinação com as concentrações de 0; 1,25; 2,5; 5 e 10mg/L, utilizando as sementes de L. sativa e C. fissilis. O experimento foi conduzido por 7 dias e 21 dias, respectivamente, avaliando diariamente a germinação. Os parâmetros analisados foram porcentagem de germinação (%G), velocidade de germinação (IVG) e crescimento inicial, comprimento, massa fresca e seca da parte aérea e radícula. Foram dectados a presença de alcaloides, derivados de antracenos, cumarinas, lignanas, mono, diterpenos, triterpenos, sesquiterpenos e esteróides e fenóis. Somente os extratos brutos, as frações HEX e DCM afetaram negativamente porcentagem de germinação, as demais frações tiverem maior influência no crescimento inicial, de maneira proporcional a concentração testada. Entretanto, as frações DCM afetaram todas as variáveis analisadas de forma mais pronunciada, mesmo na menor concentração testada. A L. sativa foi mais sensível aos extratos e frações do que a C.fissilis. A atividade das frações DCM, deve-se a presença de componentes de óleos essenciais com potencial alelopático já conhecido e dado ao seu efeito negativo sobre a germinação e crescimento inicial tal fração tem potencial para utilização como bioherbicida. Com base nos dados obtidos, o híbrido tem potencial alelopático, podendo inibir a germinação ou crescimento de outras espécies vegetais, no entanto sua ação depende da concentração dos compostos secundários.

Palavras-chave: Aleloquímicos • cedro-rosa • extratos foliares • fitotoxicidade • fracionamento

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