“Avaliação do Potencial Biológico e Análise Fitoquímica de
Extrato Etanólico e Frações, Obtido de Folhas de Clusia Fluminensis Plank & Triana”

Nome: Flávio Maurício Perini
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/10/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Viviana Borges Corte Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Antelmo Ralph Falqueto Examinador Interno
Carine Coneglian de Farias Colman Examinador Externo
Janaína Brandão Seibert Examinador Externo
Pedro Corrêa Damasceno Junior Examinador Interno
Viviana Borges Corte Orientador

Resumo: Pesquisas buscam nos metabólitos secundários dos vegetais potenciais alelopáticos como alternativa ao controle biológico, bem como a busca de substâncias terapêuticas alternativas leva ao aumento da exploração da biodiversidade visando reconhecer alternativas que possam minimizar impactos e abrir novas perspectivas de exploração biológica. Espécies vegetais de uso paisagístico e ornamental se mostram como alternativa de exploração, visando o aproveitamento de resíduos que naturalmente seriam descartados, como ocorre com a espécie Clusia fluminensis Planch. & Triana, que se enquadra em um grupo de plantas portadoras de metabólitos especiais com potencial a ser explorado com finalidade biológica, como a alelopatia, a atividade antioxidante e a atividade fotoprotetora. Extrato etanólico e frações hexano, diclorometano, acetato de etila, butanol e aquoso, obtidos de folhas de C. fluminensis, foram testados em sementes de alface e capim colonião, analisando influência na germinação e crescimento inicial. Foi realizado prospecção fitoquímica por cromatografia em camada delgada, HPLC e cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massa (CG/EM), testes biológicos de germinação e emergência, comprimentos de radícula e parte aérea, massa fresca, atividade enzimática das enzimas catalase (CAT), peroxidase (POX) e superóxido dismutase (SOD) e teor de pigmentos (clorofila a, clorofila b e carotenoides). Foram ainda realizadas análise de teores de fenóis totais, taninos e flavonoides associando-os aos efeitos antioxidante, com testes ABTS, DPPH, FRAP e Tac-Fosfomolibdênio, e teste de efeito fotoprotetor. O HPLC demonstrou a presença de hyperosídeo na fração acetato de etila, de modo a permitir uma correlação à atividade antioxidante. As concentrações testadas foram 0.25, 0.50, 0.75 e 1.0mg/mL. Como controle foi utilizado água destilada. A fração acetato de etila apresentou melhores resultados alelopáticos, houve aumento significativo da atividade das três enzimas em sementes de alface, diminuição na atividade das enzimas CAT e SOD e não influência sobre a POX em sementes de capim colonião. No tratamento de sementes com o extrato acetato de etila foi observado elevação nos teores de clorofila a, b e carotenoides, no teor de clorofilas totais e na relação clorofila total/carotenoides, além de não haver alteração na relação clorofila a/b. Os resultados demonstraram presença significativa de fenóis totais, taninos e flavonoides no extrato etanólico e nas frações, com destaque para a fração acetato de etila. A atividade fotoprotetora se mostrou mais efetiva para a fração diclorometano, com FPS 7.01, compatível ao uso como fotoprotetor, além de identificar a fração acetato de etila como um possível efetivador de atividade fotoprotetora devido ao seu efeito antioxidante.
Os resultados sugerem que o extrato acetato de etila obtido de folhas de C. fluminensis. apresenta potencial alelopático promissor, com possibilidade de exploração como alternativa para uso no controle biológico em substituição aos agroquímicos convencionais. Permitem concluir também que a fração acetato de etila obtida de folhas de C. fluminensis seria a melhor a ser explorada visando a obtenção de formas naturais de antioxidantes e promotores de fotoproteção, bem como a fração diclorometano se apresentam como alternativa ao uso como FPS.

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