Respostas fotossintéticas e dinâmica de carbono em plantas de dois morfotipos
de Paubrasilia echinata sob déficit hídrico seguido de reidratação.

Nome: Carlos Luis Sanchez Fonseca
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 20/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Fábio Murilo DaMatta Orientador
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Bernardo Pretti Becacici Macieira Suplente Externo
Diolina Moura Silva Examinador Interno
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador
José Eduardo Macedo Pezzopane Examinador Externo
Moemy Gomes de Moraes Examinador Externo
Paulo Cezar Cavatte Examinador Interno

Resumo: De acordo com relatórios do IPCC, perturbações ambientais decorrentes das
mudanças climáticas são previstas para o território brasileiro sob domínio da Mata Atlântica. No Nordeste, há projeção de aquecimento e seca prolongada. Esse panorama climático pode provocar comprometer os processos fisiológicos,
crescimento e a sobrevivência de espécies nativas da Mata Atlântica. Incluindo a
espécie símbolo do país, Paubrasilia echinata. Buscando levantar informações sobre as estratégias fisiológicas dessa espécie frente à seca, realizamos esse estudo com o objetivo de caracterizar as respostas fotossintéticas e a dinâmica da alocação do carbono em dois morfotipos da espécie, sendo um tolerante a sombra (morfotipo pequeno) e outro tolerante ao sol (morfotipo médio). Na primeira etapa desse estudo avaliamos o potencial hídrico, extravasamento de eletrólitos, trocas gasosas e fluorescência transiente da clorofila a das plantas dos dois morfotipos de P. echinata sob suspensão de água seguido de reidratação. Na etapa complementar, avaliamos a dinâmica da alocação do carbono não estrutural (açucares e amido) e estrutural (polímeros de parede celular: celulose, hemiceluloses e lignina). Registrou-se que o morfotipo tolerante ao sol, bem adaptado a ambientes mais secos e quentes, quando
submetido a déficit hídrico apresenta declínio menos pronunciado do potencial hídrico foliar, parâmetros da fotossíntese e da fluorescência. Diferentemente do morfotipo tolerante à sombra que apresentou menos tolerância nas mesmas condições do tratamento. A maior resistência do morfotipo tolerante a sol à seca foi atribuído à sua maior capacidade em acumular açúcares e lignificação de seus tecidos. Assim, os hábitos dos morfotipos refletiram nas suas estratégias fisiológicas para ajustar a alocação dos carboidratos na tolerância à seca. Concluindo que, se a seca das mudanças climáticas nas regiões de domínio da Mata Atlântica se instalarem nas próximas décadas, possivelmente a população natural de morfotipo tolerante ä sombra possa sofrer redução, devido a sua menor tolerância ao déficit hídrico em relação ao morfotipo tolerante ao sol.

Palavras-chave: Trocas gasosas • Fluorescência da clorofila a • Carboidratos •
Polímeros de parede celular • Déficit hídrico

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