AVALIAÇÃO da Resistencia a Antracnose e Qualidade dos Frutos de Diferentes Genotipos de Bananeiras

Nome: ELIOMARA SOUZA SOBRAL ALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2005
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Patricia Machado Bueno Fernandes (M/D) Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Ana Cristina Nascimento Chiaradia Examinador Interno
Helcio Costa Examinador Externo
Jose Aires Ventura (M/D) Orientador
Patricia Machado Bueno Fernandes (M/D) Coorientador

Resumo: RESUMO

No Brasil, o cultivo de banana tem grande importância econômica, sendo que no estado do Espírito Santo, apresenta caráter essencialmente familiar constituindo, dessa forma, em importante fonte de renda para os pequenos produtores rurais capixabas. Entretanto, doenças em pré-colheita e pós-colheita têm causado muitas perdas na produção. A sigatoka-amarela, a sigatoka negra e o mal- do- panamá são as doenças que podem afetar as bananeiras nas condições de campo. Em pós-colheita, destaca-se a antracnose que é causada pelo fungo Colletotrichum musae. A utilização de genótipos resistentes, obtidos através de programas de melhoramento, representa uma valiosa estratégia no controle destas doenças. Neste trabalho, frutos de bananeiras resistentes a doenças pré-colheita (Prata, Pacovan, Ouro da Mata, Prata Zulu, FHIA 01, PV 42-68, PV 42-81, PV 42-142, ST 12-31, ST 42-08, YB 42-21) foram selecionados do Banco de Germoplasma do INCAPER e avaliados para sua resistência a antracnose. Além disso, determinou-se a característica física e química dos frutos resistentes, sendo que a cultivar Prata foi utilizada como controle em todas as avaliações. Para as análises de resistência e a caracterização dos genótipos foram utilizados dez e três repetições, respectivamente. O teste de Tukey a 5% de significância foi utilizado para determinar a diferença entre os genótipos. Os híbridos ST 12-31, PV 42-68, PV 42-81 e PV 42-142 foram os mais resistentes a antracnose confirmado pelo menor diâmetro da lesão desenvolvida sobre os frutos e pela maior conservação da polpa. Os híbridos ST 12-31, PV 42-81 e PV 42-142 apresentaram os maiores valores de peso do fruto (150,7g, 187,8g e 243,5g, respectivamente) em relação ao controle (116,6g). Os valores de peso da polpa variaram de 72,4g (controle) a 138,5g (PV 42-142) e a relação polpa/casca de 1,6 (controle) a 3,9 (Prata Zulu). O tamanho dos frutos variou de 2,6 cm (controle) a 3,59 cm (Prata zulu) para o diâmetro e de 13,6 cm (controle) a 19,95 cm (PV 42-142) para o comprimento. A espessura da casca apresentou valores variáveis de 1,7 mm (Prata Zulu) a 4,6 mm (PV 42-142), diferentes do controle (3,0 mm). As análises bioquímicas mostraram valores percentuais de 0,36, 0,69 e 0,63 para a acidez titulável total (ATT) em PV 42-68, Ouro da Mata e controle, respectivamente. Os genótipos YB 42-21, ST 42-08 e Prata apresentaram valores de pH de 4,53, 4,52 e 4,28, respectivamente. Os sólidos solúveis totais (SST) mostraram uma variação de 24,8% (controle) a 27,4% (Prata zulu) e relação ATT/SST variou de 38,72 (controle) a 67,56 (Prata Zulu). Em relação ao conteúdo de amido, não foi observada a variação entre os genótipos Pacovan, PV 42-68 e Ouro da Mata que apresentaram os maiores valores (3,58%, 3,79% e 3,81%) para esta característica em relação ao controle (3,10%). Os genótipos PV 42-68, PV 42-81, PV 42-142 e ST 12-31 se mostraram mais favoráveis para ser recomendados aos produtores como substituição dos cultivares tradicionais. Este trabalho representa um importante estádio para outros programas de melhoramento contribuindo para a implementação de uma agricultura limpa, com a redução da aplicação de agroquímicos produzindo, assim, frutos com maior qualidade.

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