ESTUDOS Ecofisiologico de Schinus Terebinthifolius Raddi (aroeira Vermelha)

Nome: MARIA CAROLINA NUNES SIQUEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/03/2005
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Idalina Tereza de Almeida Leite Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DEBORA LEONARDO DOS SANTOS Examinador Externo
Edgar Schneider Orientador
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Examinador Interno

Resumo: RESUMO

Schinus terebinthifolius (Raddi) é uma espécie de ampla distribuição, conhecida como aroeira ou pimenta-rosa. Os estudos de procedência detectam a variabilidade genética dentro da espécie, desta forma, mesmo pertencendo à mesma espécie, em cada localidade o desenvolvimento das sementes e o padrão de crescimento das plantas estão sujeitos a variações climáticas que acabam por ressaltar certos aspectos de sua composição genética, ou seja, o meio pode causar a expressão de determinadas características que em outro local não se manifestariam. Várias são as formas de respostas das plantas ao estresse, e a tolerância a ele varia com a espécie, podendo ocorrer também variações de tolerância dentro da mesma, o que caracteriza a plasticidade fenotípica da planta. Assim, estudos que procuram avaliar as respostas das sementes e plântulas de espécies florestais em relação aos estresses aos quais podem ser submetidas, assumem grande importância para a compreensão do processo de desenvolvimento destas espécies sob diferentes condições abióticas, que podem influenciar a produção e conseqüentemente as gerações futuras. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a germinação e o crescimento inicial da aroeira, a partir de sementes provenientes de ambientes com características edafoclimáticas distintas, a saber: restinga (R) e floresta Pluvial (FP) frente a diferentes fatores abióticos. Durante a germinação foram avaliados os fatores luz, temperatura (isotermas de 5 a 40°C) e estresses hídrico e salino. No crescimento inicial, plântulas das duas populações foram submetidas ao estresse hídrico a fim de avaliar o desenvolvimento das mesmas quando submetidas a injúrias. Com relação ao requerimento de luz a espécie se mostrou neutra. Os valores obtidos para o teor de umidade das sementes não apresentaram diferenças significativas entre as populações R e FP, ficando entre 21 e 25%. A alta porcentagem de germinação (%G) atingida em condições de FP (69%) diferiu significativamente da encontrada em R (41%). Submetidas aos estresses simulados, as sementes da população FP apresentaram sempre um melhor desempenho na germinação, quando comparada à população R, o que é bem demonstrado ao se observar a porcentagem de germinação nas temperaturas testadas sob condições de luz e escuro. Os resultados encontrados sugerem que a resposta fisiológica da semente está relacionada ao ambiente de origem, e provavelmente expressará diferentes características genéticas em função do ambiente no qual germinará, indicando que as condições de cultivo podem ser cruciais no desenvolvimento de mudas e produção de sementes. O desenvolvimento inicial das plantas foi afetado pelo estresse hídrico, entretanto, as plântulas provenientes da população FP apresentaram em todos os ensaios um crescimento superior à população R, especialmente nos tratamentos de maior estresse, concordando com os resultados encontrados na germinação apontando para uma maior adaptabilidade nas plântulas provenientes de sementes de FP, contrariamente ao esperado.

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