AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE GENÓTIPOS DE BANANEIRA DOS SUBGRUPOS GROS-MICHEL, CAVENDISH E TERRA
Nome: Gildevan Viana Cardoso
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 09/03/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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Jose Aires Ventura (M/D) | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Antelmo Ralph Falqueto | Examinador Interno |
David dos Santos Martins | Suplente Externo |
Elias Terra Werner | Suplente Interno |
Helcio Costa | Examinador Externo |
Jose Aires Ventura (M/D) | Orientador |
Luiz Carlos Santos Caetano | Coorientador |
Paulo Cezar Cavatte | Examinador Interno |
Sérgio Luiz Rodrigues Donato | Examinador Externo |
Resumo: A banana tem uma grande importância socioeconômica para o Brasil e o Espírito
santo, porém é muito suscetível a estresses bióticos e abióticos. Neste estudo,
avaliou-se o desempenho agronômico e a resposta ao déficit hídrico de dois
acessos, Ambrosia (AAAA, subgrupo Gros Michel) e Red Yade (AAB, subgrupo
Terra). Estes foram comparados às variedades tradicionais Grand Naine (AAA,
subgrupo Cavendish) e Terrinha (AAB, subgrupo Terra) sob condições de déficit
hídrico seguido de reidratação, bem como quanto à resistência à Sigatoka amarela, murcha de Fusarium e broca-do-rizoma . A altura e diâmetro do pseudocaule, o número de folhas ativas, a massa de cachos, a massa e número de frutos, o comprimento e diâmetro dos frutos da terceira penca, a largura e o comprimento da terceira folha e o número de dias da floração à colheita foram utilizados para avaliar o desempenho agronômico. O desempenho fotossintético foi avaliado por meio da determinação das trocas gasosas e da fluorescência da clorofila a. Ambrosia e Red Yade foram comparadas, respectivamente, à Grand Naine com temperatura máxima ajustada em 28ºC e Terrinha com temperatura máxima a 28 ºC e 35 ºC. A incidência e severidade da Sigatoka amarela foram determinadas na primeira folha necrosada e a resistência à murcha de Fusarium foi determinada com base nos sintomas externos e internos, com posterior cálculo dos índices das doenças. Na avaliação da resistência à broca-do-rizoma, determinou-se o coeficiente de infestação das plantas floridas ou com cacho. Ambrosia teve maior massa de cacho sob irrigação, superou à Grande Naine no manejo sem irrigação, e foi resistente à Sigatoka amarela, a um isolado de F. oxysporum f.sp. cubense (Foc) e à broca. Red Yade não teve aumento da massa de cachos e foi suscetível à Sigatoka amarela, a dois isolados de Foc e à broca-do-rizoma. O déficit hídrico inicialmente limitou o fluxo transpiratório e a difusão de CO2, promovendo o aumento da temperatura foliar e diminuição da taxa de fotossíntese líquida, sem diminuir o rendimento quântico do PSII. Posteriormente, com o aumento da sua duração associada ao controle da temperatura máxima em 35ºC, este levou à dissipação não fotoquímica com perda de desempenho do PSII. Ambrosia apresentou menor
diminuição do desempenho do PSII que Grand Naine e recuperou-se mais
rapidamente após a reidratação. Terrinha apresentou maior temperatura foliar e
menor fluxo de transpiração do que Red Yade quando não exposta a déficit
hídrico, indicando uma maior tolerância ao déficit hídrico. Além da paralisação da
emissão e expansão foliares no início da exposição, o prolongamento do déficit
hídrico promoveu a redução da área foliar total, bem como clorose seguida de
necrose das folhas, da base para o ápice das plantas. Conclue-se que Red Yade
pode ser recomendada com a adoção do manejo da broca-do-rizoma. Ambrósia
mostrou um potencial para o plantio comercial e para atender à demanda do
mercado para fruta do tipo Cavendish, possibilitando a redução dos custos de
produção.
Palavras-chave: Banana Cosmopolites sordidus déficit hídrico doenças
fotossíntese Musa