Ecofisiologia de Allagoptera Arenaria (gomes) Kuntze em Processos de Restauração de Áreas Degradadas de Restinga

Nome: Alcemar José Gasparini Junior
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 19/11/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Luis Fernando Tavares de Menezes Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Amilcar Walter Saporetti Junior Suplente Externo
Camilla Rozindo Dias Milanez Examinador Interno
Fabio Antonio Ribeiro Matos Examinador Externo
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Examinador Interno
Luis Fernando Tavares de Menezes Orientador
Marcelo Trindade Nascimento Examinador Externo
Valéria de Oliveira Fernandes Suplente Interno

Resumo: A palmeira Allagoptera arenaria (Gomes) Kuntze é uma espécie chave na restauração de restingas. É considerada pioneira e ecologicamente facilitadora, promovendo a entrada e sobrevivência de outras espécies, atenuando o estresse ambiental característico das restingas. Para verificar o papel de planta facilitadora de A. arenaria foi realizado um plantio de mudas das espécies Dalbergia ecastaphyllum (L.) Taub (rabo de bugio) e Eugenia uniflora L. (pitanga) em duas posições: no interior da moita de A. arenaria e em área aberta. Após 1 ano foram verificados: a mortalidade, a biometria, a biomassa, os pigmentos fotossintetizantes e a fluorescência da clorofila a. Os dados obtidos foram comparados pelo test T a 5% de probabilidade. As análises foram realizadas ´por meio do software R. Os resultados indicaram que A. arenaria influenciou de forma significativa no aumento das médias dos parâmetros analisados na posição de plantio moita confirmando a hipótese de que essa espécie exerce a facilitação ecológica, melhorando o desempenho de mudas transplantadas sob sua copa. Outro aspecto analisado foi o crescimento e as respostas ecofisiológicas dessa palmeira em ambiente natural. Foram realizadas analises morfofisiológicas em três populações com idades diferentes de plantio. A amostragem foi retirada de um plantio de restauração, realizado em Degredo (Linhares ES), onde foram realizados dois plantios: o primeiro realizado em 2011 (GII) e, o segundo em 2014 (GIII): plantio realizado em 2014. O GI foi composto por mudas fornecidas pelo viveiro para o plantio (8 meses). Os dados foram submetidos a análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Para verificar quais componentes estIiveram associados a cada grupo foi feita uma análise de componentes principais (PCA). Todos as análises foram realizadas no software R. Foi observado que em condição de campo e sem cuidados culturais o desenvolvimento dessa palmeira é muito lento e insatisfatório para atender os objetivos de um projeto de restauração em restinga. Para testar repostas mais rápidas ao desenvolvimento da planta montamos um experimento em DBC 4x5x6 (quatro blocos, cinco tratamentos e seis repetições) em casa de vegetação. O objetivo foi verificar as respostas morfofisiológicas de mudas de A. arenaria a diferentes doses do fertilizante NPK 4.14.8 (Controle: 0g; Tratamento 1: 5g; Tratamento 2: 10g; Tratamento 3: 15g e Tratamento 4: 25g de NPK 4.14.8 por planta/vaso). Os dados foram submetidos a análise de regressão a 5% de probabilidade e comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As análises foram realizadas no software SISVAR. Os resultados mostraram que as doses de 15g e 25g do fertilizante alterou morfo fisiologicamente as plantas produzindo mudas mais robustas e mais aptas a serem utilizadas em plantio de restauração em ambiente de restinga. Podemos concluir que A. arenaria é uma planta facilitadora podendo ser utilizada em plantios de restauração de restinga, apresenta crescimento lento em campo e é beneficiada com a adubação fosfatada o que produz mudas mais desenvolvidas e robustas.

Palavras chave: Ecofisiologia; Restinga; Facilitação ecológica.

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