SILÍCIO COMO AGENTE MITIGADOR DE ESTRESSE EM Aechmea
blanchetiana (BROMELIACEAE) IN VITRO: UMA ABORDAGEM
ANATÔMICA E FISIOLÓGICA
Nome: Rosiane Cipriano
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 26/08/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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Antelmo Ralph Falqueto | Orientador |
João Paulo Rodrigues Martins | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Antelmo Ralph Falqueto | Orientador |
Camilla Rozindo Dias Milanez | Examinador Interno |
Diolina Moura Silva | Examinador Interno |
Eugenia Jacira Bolacel Braga | Examinador Externo |
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol | Suplente Interno |
Luiz Carlos de Almeida Rodrigues | Suplente Externo |
Wagner Campos Otoni | Examinador Externo |
Resumo: As plantas estão expostas a frequentes fontes de estresses abióticos como pela alta salinidade e por elementos-traço, dentre eles o cádmio (Cd). A utilização do silício (Si) é uma alternativa que pode amenizar os efeitos deletérios desses estresses. O primeiro manuscrito (capítulo 1) teve como objetivo analisar a influência de diferentes fontes e concentrações de Si em respostas anatômicas e na atividade fotoquímica efetiva do fotossistema II (FSII) em plantas de Aechmea blanchetiana em condições in vitro. O segundo manuscrito (capítulo 2) avaliou o efeito do estresse salino in vitro e o potencial amenizador do Si em plantas de A. blanchetiana. O terceiro manuscrito (capítulo 3) investigou as modulações anatômicas e fisiológicas de A. blanchetiana
expostas ao Cd in vitro e a co-exposição ao Cd e Si. No primeiro experimento brotos laterais de plantas previamente estabelecidas in vitro foram transferidos para meio de cultura. Meios sem Si foram usados como controle. Os tratamentos consistiram em silicato de cálcio (CaSiO3), silicato de potássio (K2O3Si) e silicato de magnésio
(MgO3Si) em três concentrações (8, 16, 32 μM). Após 45 dias de cultivo foram realizadas análises anatômicas e fisiológicas. O estudo comprovou que o Si aumentou o diâmetro dos vasos do xilema, área do floema e crescimento das plantas. Dentre as fontes de Si testadas, o CaSiO3 foi o que apresentou maior contribuição para o aumento do funcionamento efetivo do FSII e do crescimento das plantas. No segundo
experimento, plantas já estabelecidas in vitro foram transferidas para meio de cultura com 0 ou 14 µM de Si (CaSiO3). Após 30 dias de crescimento foram acrescentados nos frascos meio líquido estacionário contendo diferentes concentrações de NaCl (0, 100, 200 ou 300 µM). Após 45 dias foram realizadas análises anatômicas e fisiológicas. Plantas cultivadas com excesso de NaCl apresentaram redução do rendimento quântico fotoquímico efetivo do FSII e aumento da dissipação nãofotoquímica de fluorescência. Plantas em presença de Si tiveram aumento do conteúdo de pigmentos fotossintéticos, da atividade de enzimas do sistema antioxidante e do coeficiente de dissipação fotoquímica de fluorescência (qP). Respostas anatômicas, fisiológicas e bioquímicas induzidas pelo Si tiveram efeito amenizador do estresse salino em A. blanchetiana cultivadas in vitro. No terceiro experimento, plantas previamente estabelecidas in vitro foram transferidas para meio
de cultura com 0 ou 14 μM de Si. Após 30 dias de crescimento, foram adicionados aos recipientes meio MS líquido estacionário contendo concentrações crescentes de Cd (0, 50, 100 ou 200 μM). Após 45 dias, foram realizadas análises anatômicas e fisiológicas. Plantas cultivadas com Si mostraram uma exoderme mais fina, diminuição na concentração de Chl a/b e aumento de Chl total/Car. O Cd induziu danos ao complexo de evolução do oxigênio (WK) e alterou o rendimento quântico da dissipação de energia não regulada (ΦNO). Na presença de Si houve aumento da atividade fotoquímica do FSII e transporte de elétrons, mesmo quando as plantas foram expostas ao Cd. Respostas anatômicas e fisiológicas induzidas pelo Si foram eficazes em aliviar o estresse das plantas de A. blanchetiana crescidas in vitro com Cd.