Produção de concentrado proteico a partir das folhas de Pereskia aculeata,
Miller.
Nome: Thiago Teixeira Costa
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 03/11/2022
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| Hildegardo Seibert França | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| Hildegardo Seibert França | Orientador |
| JOSINEI RODRIGUES FILHO | Suplente Externo |
| Maria do Carmo Pimentel Batitucci | Examinador Interno |
| Sara Dousseau Arantes | Suplente Interno |
| Thiago de Melo Costa Pereira | Examinador Externo |
Resumo: Pereskia aculeata é uma planta alimentícia não convencional da família Cactaceae, originária do continente americano, com ampla distribuição. Apesar do notório valor nutricional, esta espécie conhecida popularmente como Ora pro nóbis, é pouco consumida como alimento. Este trabalho teve o objetivo de produzir um concentrado proteico com potencial para ser usado na alimentação, através de técnicas baratas e de fácil reprodução. Foi feita a comparação entre duas técnicas, a extração salina (ES) e a extração alcalina. Nas extrações salinas foram utilizados dois sais (NaCl e Na2CO3) em diferentes concentrações (0,1M, 0,5M e 1M). A extração alcalina (EA) foi feita isoladamente e combinada com ultrassom (EA+Ultra). Os precipitados, recuperados pelo do ponto isoelétrico das proteínas, foram submetidos ao método de Bradford e ficou estabelecido que os tratamentos mais eficientes foram a EA e EA+Ultra. Num segundo momento, foram comparadas
a eficiência na extração das proteínas nos tratamentos EA e EA+Ultra em duas
diluições (1:10 e 1:20 (p:v)). As reextrações dos resíduos dos tratamentos EA e EA+Ultra nas mesmas diluições também foram testadas. Foi proposto também um produto proteico alternativo, o extrato aquoso liofilizado (EAL). Todos os tratamentos (exceto EAL) passaram pela precipitação isoelétrica em diferentes pH seguida de centrifugação e, as proteínas desses precipitados e do EAL foram quantificadas por Bradford. Além disso, foi estabelecida a pureza dos produtos proteicos recuperados e a caracterização do peso molecular das proteínas foi feita em gel de poliacrilamida a 12%. Por fim, foi medida a atividade antioxidante do extrato aquoso liofilizado (EAL) pelo método DPPH. Os resultados mostraram que o tratamento EA+Ultra 1:20 foi o melhor na extração das proteínas e na pureza do precipitado. Ficou evidente os efeitos positivo da maior diluição, da combinação do método EA com ultrassom e o ponto isoelétrico das proteínas das folhas de Pereskia aculeata, que foi no pH 4. Os resultados do gel de eletroforese mostraram duas bandas principais de 68 kDa e de 168 kDa, que podem estar relacionadas respectivamente à uma globulina (β-conglicinina 7S) e à anidrase carbônica, uma proteína relacionada à Rubisco que tem papel fundamental na fotossíntese.
Palavras-chave: cacto folhoso; ora pro nobis; PANC; proteína; suplemento.
