AVALIAÇÃO ECOFISIOLÓGICA DA CULTURA DA MANGUEIRA cv. Palmer EM SISTEMA AGROFLORESTAL
Nome: Andressa Ferreira Alves
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/02/2023
Orientador:
Nome | Papel |
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Diolina Moura Silva | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Antelmo Ralph Falqueto | Examinador Interno |
Diolina Moura Silva | Orientador |
Gabriel Browne de Deus Ribeiro | Suplente Externo |
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol | Suplente Interno |
Jose Aires Ventura (M/D) | Examinador Interno |
Maisa Isabela Rodrigues | Examinador Externo |
Resumo: A demanda por alimentos vem aumentando no mundo e também os impactos
da agricultura convencional. Sistemas Agroflorestais (SAF) podem ser utilizados
para prevenir a degradação e aumentar a infiltração dos solos enquanto
potencializam a produção agrícola. A fluorescência transiente da clorofila a é um
método com potencial de ser um indicador de estresses avaliando o desempenho
fotoquímico de plantas cultivadas em diferentes sistemas de cultivo. A partir das
análises biofísicas (fluorescência da clorofila a) e bioquímicas (trocas gasosas,
teores de pigmentos cloroplastídicos) e dados climatológicos foi possível comparar
dois sistemas de produção da manga e testar a hipótese de que o cultivo de plantas
de Mangifera indica L. cv. Palmer em Sistema Agroflorestal proporciona uma maior
resiliência aos estresses abióticos climáticos como o aumento da temperatura e
períodos de estiagem prolongados. Para realização deste experimento foram
utilizadas plantas de mangueira com cinco anos de plantio no município de Aracruz
ES. A coleta de dados foi realizada mensalmente de agosto de 2020 a janeiro de
2021. Foram realizadas análises da fluorescência transiente da clorofila a,
quantificação das trocas gasosas, índices de clorofila e os pigmentos foliares
(clorofilas a e b, e pigmentos carotenoides). O delineamento experimental foi o
inteiramente casualizado (1x2), sendo plantas de mangueiras submetida a 2
diferentes sistemas de cultivo (Sistema Agroflorestal x Sistema Convencional) com
10 repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e
também aplicada a análise de componentes principais (PCA). O PCA mostrou que
os tratamentos se diferenciam ocupando quadrantes diferentes. As curvas OJIP
obtidas dos dois sistemas demonstraram que todas as plantas estavam
fotossinteticamente ativas. A formação de Bandas K, L e G negativas sugerem uma
maior eficiência do tratamento SAF em relação ao Convencional. A Taxa de
transpiração (E) alta e a Condutância estomática (gs) também maior que o sistema
Convencional evidenciam que uma disponibilidade hídrica e ou a redução da
temperatura no microclima do SAF podem ter permitido uma abertura maior dos
estômatos. Assim a eficiência do uso da água (A/E) foi menor para o SAF devido
a alta taxa de transpiração, mas a taxa fotossintética foi levemente superior ao
Convencional. É possível que essa vantagem hídrica tenha contribuído para o
aumento no índice de carotenoides fotoprotetores que contribuíram para a redução
do estresse fotossintético em relação ao sistema Convencional. O Sistema SAF
apresentou características ecofisiológicas que indicam uma maior eficiência
fotossintética que o Sistema Convencional. A continuidade desse estudo poderá
confirmar se a eficiência fotossintética, aqui evidenciada, impacta a produtividade
e qualidade dos frutos produzidos pela cv Palmer.
Palavras-chave: Agrofloresta, Fotossíntese líquida, Mangifera indica L., Pigmentos
fotossintéticos, fluorescência da clorofila a