CITOTOXIDADE, Capacidade Antioxidante dos Óleos Vegetais de Carapa Guianensis aubl (andiroba) e Copaifera Reticulata Benth (copaíba)

Nome: Plucia Franciane Ataide Rodrigues
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/03/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Hildegardo Seibert França Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Hildegardo Seibert França Orientador
JOSINEI RODRIGUES FILHO Examinador Externo
Viviana Borges Corte Examinador Interno

Resumo: Carapa guianensis Aubl e Copaifera reticulata Benth são consideradas uma das espécies
mais valiosas por ribeirinhos amazônidas por atividades biológicas, como ação analgésica,
antibacteriana, anti-inflamatória, antifúngica, antialérgica, sendo eficaz contra feridas,
hematomas, reumatismo, infeções de ouvido e repelente de insetos. O presente estudo teve
por objetivo avaliar a composição química, a capacidade antioxidante in vitro, a
citotoxicidade do óleo vegetal de andiroba e copaíba. Os óleos vegetais de C. guianensis e
C. reticulata foram adquiridos na Cooperativa dos Produtos da Amazônia (CAMAIPI), no
município de Mazagão-AP, lote 02/2020. As amostras do óleo foram preparadas por diluição
sucessivas nas concentrações 75, 100, 150, 200, 250 e 300 mg/mL para a realização dos
testes antioxidantes ABTS e DPPH. Já para fenóis totais as concentrações foram 60, 100,
200, 300 e 400 mg/mL. A atividade citotóxica foi pelo ensaio colorimétrico por MTT usando
células epiteliais CHO-K1. Quanto a exposição das sementes de Allium cepa o óleo foi
diluído em 1% de tween 80 nas concentrações 1, 5, 10 e 15 mg/mL. A análise da citotoxidade
do óleo vegetal de andiroba não resultou perda significativa da função mitocondrial em
comparação ao controle negativo, já que os tratamentos apresentaram alta porcentagem de
células viáveis variando de 82 a 127% da viabilidade celular. No entanto, o óleo de copaíba
foi citotóxico em todas as concentrações, com porcentagem de viabilidade celular de 31 a
37,67% e inibiu a germinação de sementes de A. cepa em quase todas as concentrações. O
óleo de C. guianensis apresentou IC50 de 254,2 ± 10 mg/mL e 274,9 ± 6,19 mg/mL para
DPPH e ABTS, respectivamente e 80,0 ± 0,01 mg TE/ g -1 na avaliação de fenóis totais pelo
reagen Folin-Ciocalteu. Na prospecção fitoquímica pode-se observar somente a presença de
ácidos graxos com mancha no mesmo Rf do padrão de ácido oleico. Os compostos
identificados por GC/EM foram derivados de ácidos graxos, como o ácido oléico, ácido
palmítico, ácido esteárico e o ácido linoléico com área realtiva de 32.85; 26.06; 13.28; 11.79
%, respectivamente. Já C. reticulata na atividade antioxidante obteve IC50 de 48,30 ± 4,80 e
139,25 ± 1,86 mg/mL para ABTS e DPPH respectivamente. A avaliação de fenóis totais foi
por meio do reagen Folin-Ciocalteu e obteve-se 50,05 ± 0,01 (mg trolox/g -1). Através de
CCD foram identificados importantes grupos metabólicos, como ácidos graxos, cumarinas,
alcaloides e taninos. Com esse trabalho concluímos que o óleo vegetal de andiroba apresenta
atividade antioxidante in vitro, baixa citotoxidade em células epiteliais CHO-K1 e com a
presença de ácido oléico e palmítico representando mais de 50% da composição química do
óleo. Quanto ao óleo-resina de copaíba, apesar de ter apresentado citotoxidade, possui boa
atividade antioxidante e suas propriedades biológicas podem ser importantes para combate
a células cancerígenas e para aplicação no setor agrícola. Sugere-se que as sementes sejam
testadas novamente com tratamento descontinuo utilizando dois indicadores para melhor
avaliação da fitotoxicidade e outros parâmetros.
Palavras-chave: Andiroba. copaíba. citotoxidade. antioxidante. compostos fenólicos. óleoresina.

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