CARACTERIZAÇÃO FITOQUÍMICA E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE MORFOTIPOS DE UMA POPULAÇÃO DE CALOPHYLLUM BRASILIENSE CAMBESS
Nome: MARIA GABRIELA PISSINATI TRINDADE
Data de publicação: 28/02/2024
Banca:
Nome | Papel |
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JEAN CARLOS VENCIONECK DUTRA | Examinador Externo |
MARIA DO CARMO PIMENTEL BATITUCCI | Presidente |
RICARDO MACHADO KUSTER | Examinador Interno |
Resumo: Calophyllum brasiliense Cambess. corresponde a uma ávore nativa brasileira que apresenta uma riqueza de compostos químicos, destacando-se os compostos fenólicos (cumarinas, xantonas e cromanonas). Além de atividades biológicas, como citotóxica, antiinflamatória, antineoplásica, antiparasítica, antiviral, entre outras. Logo, dada a importância dessa planta para a área da saúde e de produtos naturais, este estudo teve como objetivo investigar a composição química de quatro morfotipos de C. brasiliense e suas atividades biológicas. Foram produzidos extratos etanólicos, e verificados os teores de flavonoides totais (TFT), teores de compostos fenólicos totais (TCF) e teores de taninos totais (TTT). Também foi utilizada a CLAE-DAD para a quantificação do ácido gálico, além da espectroscopia do infravermelho (FTIR) e a ionização por Eletrsopray. Para avaliação biológica, foram realizados os ensaios antioxidantes (DPPH e ABTS) e de atividade antiproliferativa, por meio do ensaio MTT. Nos testes químicos foi verificada a presença de compostos fenólicos, destacando-se os testes TCF e TTT. A CLAE-DAD verificou a presença do ácido gálico nas amostras, em modestas concentrações. Já o FTIR indicou a presença de diversos grupos funcionais e pela análise por grupamentos hierárquicos (HCA), foi possível estabelecer uma alta similaridade química entre os morfotipos. Na análise de ionização por Eletrospray, aplicada a espectrometria de massas, foram detectados compostos como as mammeas, jacareubina, calanolidos, Inophylluns, dentre outros. Nos ensaios biológicos, todos os morfotipos apresentaram uma ótima atividade antioxidante, com baixos valores de IC50, tanto no DPPH quanto no ABTS, além de diminuírem a viabilidade celular da linhagem MCF-7 (adenocarcinoma mamário), principalmente para 72h de tratamento, mostrando um comportamento dose-dependente, e baixos IC50, neste tempo de exposição. Nos outros tempos de tratamento, a atividade antiproliferativa também já é percebida, todavia, apenas nas maiores concentrações. Por análises de correlação, foi possível destacar os taninos altamente relacionados aos ensaios antioxidades (ABTS e DPPH), todavia, a ação antiproliferativa não foi correlacionada aos taninos, podendo ser causada por outros compostos fenólicos, como as cumarinas, cromanonas ou xantonas encontradas pela ionização por Eletrospray. Á vista disso, C brasiliense pode ser considerada uma espécie promissora como fonte de compostos fenólicos, e detentora de um alto potencial antioxidante e a capacidade citotóxica contra a linhagem MCF-7.