RESPOSTAS ECOFISIOLÓGICAS DE PLANTAS NATIVAS DA MATA ATLÂNTICA

Nome: GISLANE CHAVES OLIVEIRA SILVARES

Data de publicação: 24/05/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO NUNES NESI Examinador Externo
DIOLINA MOURA SILVA Presidente
ELIAS TERRA WERNER Examinador Interno
PAULO ROBERTO FILGUEIRAS Examinador Interno
SARA DOUSSEAU ARANTES Examinador Interno

Páginas

Resumo: O ecossistema Restinga, o qual pertence ao bioma Mata Atlântica, possui importância primordial para o meio ambiente, pois serve de abrigo e fornece alimentos à biodiversidade, regula o clima, controla inundações, estoca carbono orgânico, entre outros serviços ecológicos. Entretanto, as restingas são consideradas de extrema fragilidade e sofrem ameaças pelas ações humanas, como a construção de empreendimentos, extração ilegal de areia, expansão das áreas de agropecuária, desastres ambientais e a introdução de espécies não-nativas. Diante disso, este estudo teve como objetivo identificar modificações no metabolismo de plantas nativas da Mata Atlântica, em ambiente contaminado por rejeitos de minério. Para análise do
metabolismo primário, utilizou-se a espécie Byrsonima sericea, e pela técnica da fluorescência da clorofila a, foram avaliadas, durante os períodos seco e chuvoso, a influência do regime de precipitação e a variação na concentração de oligoelementos sobre o processo fotossintético. Em nível de metabolismo secundário, foram testados diferentes métodos de quantificação de compostos do sistema antioxidante em três espécies frutíferas, Eugenia astringens, Eugenia hirta e Myrciaria strigipes, pertencentes a família Myrtaceae. Foram quantificados, na polpa e semente, os compostos bioativos (antocianinas, carotenoides, flavonoides), açúcares solúveis (frutose, sacarose e glicose), amido, capacidade antioxidante (DPPH e FRAP), compostos voláteis (SHS-GC-MS), além da determinação da concentração de elementos químicos na polpa de frutos de E. astringens. Os resultados indicaram que fatores ambientais, como regime de precipitação e estresse por elementos químicos (Al, Zn, Mn, Fe) causaram alterações marcantes no metabolismo fotossintético de B. sericea, principalmente no período de seca. Já em relação ao metabolismo secundário, foram identificados diferentes perfis de compostos voláteis não somente entre as espécies, mas também entre a polpa e a semente dos frutos, e um aumento da atividade antioxidante, especialmente para os frutos de E. astringens. Para esses frutos os padrões de respostas antioxidantes obtidos no período de quatro anos, pode ter sido afetado pela alta disponibilidade de metais, em especial em 2022. As quatro espécies, apresentaram comportamentos adaptativos que confirmaram o potencial
antioxidante mediante as respostas dessas espécies nativas na Restinga.

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