AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS TECNOLÓGICOS, AMBIENTAIS E
SOCIOECONÔMICOS DA VITICULTURA EM REGIÃO DE CLIMA
QUENTE NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Nome: CÁSSIO VINÍCIUS DE SOUZA

Data de publicação: 17/01/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GERALDO ROGERIO FAUSTINI CUZZUOL Examinador Interno
HÉLCIO COSTA Examinador Externo
JOSE AIRES VENTURA Presidente
JOSÉ CARLOS MORAES RUFINI Examinador Externo
MARIELA MATTOS DA SILVA Examinador Interno

Páginas

Resumo: No Espírito Santo, a viticultura tradicionalmente tem sido praticada na Região Serrana
do Estado. No entanto, apresenta crescimento em praticamente em todo o Estado,
principalmente nas regiões de clima mais quente. Diante disso, é fundamental
identificar e avaliar os impactos gerados pela atividade. Essas avaliações podem
funcionar como poderosos instrumentos balizadores para políticas públicas voltadas
ao desenvolvimento regional. O objetivo do trabalho foi avaliar os impactos
tecnológicos, ambientais e socioeconômicos da viticultura em região de clima quente
no estado do Espírito Santo, Brasil. Para tanto, foi abordado estado da arte e realizada
pesquisa descritiva, sobre a atuação do Incaper no desenvolvimento da viticultura do
estado do Espírito Santo. Foram estimados, através do método Ambitec-Agro, os
impactos tecnológicos, ambientais e socioeconômicos da atividade, em região de
clima quente do Estado. Avaliou-se o balanço, fluxos, relações e coeficientes
energéticos na viticultura familiar a fim de mensurar os impactos de sustentabilidade
energética. Também foram identificadas e mensuradas as fontes de emissões de
gases do efeito estufa (GEE). E por fim, foram avaliados o desempenho produtivo, o
comportamento fenológico e a qualidade dos frutos produzidos em diferentes épocas,
em duas cultivares de videiras (‘Niágara Rosada’ e ‘BRS Carmem’). A viticultura
apresentou melhoria nos níveis de sustentabilidade das propriedades, com índices
positivos de impacto nas dimensões ambiental (2,91), econômica (6,29) e social
(4,74), com índice geral médio de impacto de 4,02. As energias de entrada direta e
indireta, representaram, respectivamente, 60,62% (18.515,5 MJ) e 39,38% (12.027,01
MJ) das entradas. As energias renováveis e não renováveis, contribuíram com 24%
(7.180,27 MJ) e 76% (23.362,24 MJ) das entradas, respectivamente. As uvas maduras
e os resíduos de poda corresponderam a 78% (192.771,88 MJ) e 22% (52.820,00 MJ),
respectivamente, das conversões. A eficiência energética total (EET), a eficiência
energética da uva (EEU) e a conversão energética da uva (CEU) foram de 8,04, 6,31
e 0,53 kg MJ-1, respectivamente. As emissões de GEE foram de 1.754,96 kg de CO2-
eq ha-1 por ciclo produtivo. A maior fonte de emissões foram os fertilizantes com 63,2%
(1.110,20 kg de CO2-eq ha-1). As emissões líquidas foram de -1.052,94 kg CO2-eq ha-1 e
o Índice IGEE foi de -0,064 kg kg-1, apresentando sequestro de Carbono superior às
emissões. A ‘Niágara Rosada’ apresentou ciclo total e demanda térmica de 112 dias
e 1.859,1 Graus-dia e 123 dias e 1.803,5 Graus-dia para as podas 1 e 2,
respectivamente. A ‘BRS Carmem’ apresentou ciclo total e demanda térmica de 134
dias e 2.290,3 Graus-dia e 144 dias e 2.116 Graus-dia para as podas 1 e 2,
respectivamente. As produtividades para a ‘Niágara Rosada’ e ‘BRS Carmem’ para as
podas 1 e 2 foram de 13.029,69 e 4.904,73 kg ha-1, e 18.533,43 e 11.391,58 kg ha-1,
respectivamente. A qualidade dos frutos produzidos, foi melhor na poda 1 para ambas
as cultivares avaliadas, em decorrência da maior radiação solar incidente. A viticultura
praticada na região de clima quente do estado do Espírito Santo apresentou impactos
tecnológicos, ambientais e socioeconômicos positivos.

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