ALGAS MARINHAS E MELATONINA NA INDUÇÃO DA TOLERÂNCIA AO CALOR E DÉFICIT HÍDRICO NO MAMOEIRO E PIMENTEIRA-DO-REINO

Nome: THAYANNE RAGEL FERREIRA

Data de publicação: 28/02/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CAMILLA ROZINDO DIAS MILANEZ Examinador Interno
DIOLINA MOURA SILVA Examinador Interno
SARA DOUSSEAU ARANTES Presidente
THIAGO CORRÊA DE SOUZA Examinador Externo
TÚLIO SILVA LARA Examinador Externo

Resumo: Os estresses abióticos podem interferir no metabolismo e na fisiologia das plantas, comprometendo seu crescimento e, consequentemente, a produtividade. Uma estratégia para minimizar os efeitos desses estresses na agricultura é o uso de
bioestimulantes. Objetivou-se com esse estudo, desenvolver e validar estratégias sustentáveis utilizando bioinsumos para mitigar estresses abióticos em plantas, promovendo a resiliência das culturas agrícolas e contribuindo para uma agricultura
mais sustentável e produtiva. Este estudo avaliou dois produtos comerciais (Baltiko® e Acadian®) contendo Ascophyllum nodosum em mudas de mamoeiro ‘Aliança’ (Carica papaya). Seis doses (0, 1, 2, 3, 4 e 8 mL L¹) foram aplicadas
semanalmente durante quatro semanas em dois momentos distintos, considerando temperaturas moderadas e elevadas. Além disso, foram realizados ensaios de déficit hídrico com recuperação em mudas de mamoeiro ‘Aliança’ e pimenta-doreino (Piper nigrum L.) ‘Bragantina’. Antes da imposição do déficit hídrico, soluções de melatonina, A. nodosum e Lithothamnium calcareum foram aplicadas via foliar. Os resultados mostraram que a eficácia dos produtos comerciais Baltiko® e Acadian® variou conforme a dose e as condições climáticas. O Baltiko® destacouse na melhoria da eficiência do uso da água, enquanto o Acadian® promoveu maiores trocas gasosas e melhor absorção de boro. Assim, recomenda-se a adequação da dose às condições ambientais, sendo 3 mL L¹ para temperaturas moderadas e 6 mL L¹ para temperaturas elevadas. As aplicações foliares de
melatonina, A. nodosum e L. calcareum mostraram-se eficazes na mitigação dos efeitos do déficit hídrico em mudas de mamoeiro ‘Aliança’ e na ‘Bragantina’, promovendo ajustes fisiológicos associados à regulação osmótica e ao acúmulo de
açúcares solúveis totais. Para o mamoeiro, a fluorescência da clorofila a indicou que a funcionalidade fotossintética foi mais afetada no segundo ciclo de seca, com inibição do aparato fotossintético nesse período. Já para a ‘Brangantina’, a
funcionalidade fotossintética foi mais afetada no primeiro ciclo. O estresse hídrico reduziu os índices de clorofila, possivelmente como estratégia para minimizar danos foto-oxidativos. Dentre os bioestimulantes testados, a melatonina e L. calcareum se destacaram no crescimento vegetativo, indicando maior adaptação à seca.

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