Fenologia de genótipos de Coffea canephora de diferentes ciclos de maturação

Nome: JEANE CRASQUE

Data de publicação: 11/02/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIO LUIZ PARTELLI Examinador Interno
JOÃO PAULO RODRIGUES ALVES DELFINO BARBOSA Examinador Externo
PAULO CEZAR CAVATTE Examinador Interno
SARA DOUSSEAU ARANTES Presidente
TÚLIO SILVA LARA Examinador Externo

Resumo: Este trabalho teve como objetivo principal avaliar o desenvolvimento fenológico de
genótipos de Coffea canephora dos estádios de maturação precoce, intermediário e
tardio. Três experimentos foram realizados, focando na qualidade das sementes,
desenvolvimento fenológico e características foliares. O estudo foi desenvolvido na
Fazenda Experimental do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural (INCAPER) de Marilândia. No primeiro experimento, foram
analisados o desenvolvimento das sementes de genótipos de maturação precoce e
tardia, buscando identificar a progressão da maturação e da qualidade fisiológica. O
genótipo de maturação precoce iniciou sua germinação aos 202 dias após a antese
(DAA), enquanto o de maturação tardia iniciou aos 230 DAA. O ponto ótimo de
colheita ocorreu no estádio de maturação cereja, com o precoce alcançando
máxima qualidade fisiológica aos 244 DAA e o tardio aos 326 DAA. No segundo
experimento avaliou-se os dados meteorológicos, desenvolvimento vegetativo e
reprodutivo dos genótipos. A fenologia foi registrada desde a fase de gemas
dormentes até o café cereja, revelando que todos os genótipos tiveram uma florada
principal em setembro. No entanto, os genótipos precoces tiveram, uma
significativa florada também em julho, enquanto o genótipo tardio, 143, apresentou
o maior rendimento. Fotoperíodo e precipitação foram decisivos no crescimento
vegetativo, com picos observados na primavera e verão. No terceiro experimento
avaliou-se o desenvolvimento foliar e os teores de carboidratos. A emissão foliar
seguiu um modelo logístico não linear, porém com diferenças significativas entre os
genótipos. O genótipo 143 teve crescimento foliar mais expressivo na primavera,
enquanto os demais apresentaram maior crescimento no verão. As condições
climáticas influenciaram nos teores de amido e açúcares solúveis nas folhas, com
maior concentração de açúcares redutores em períodos de crescimento lento.
Conclui-se que deve ser considerada as diferenças entre os genótipos na escolha
do momento ideal de colheita, priorizando-se o estádio de maturação cereja. O
fotoperíodo e precipitação são os fatores que mais afetam o desenvolvimento do
café, sendo os genótipos de maturação precoce mais sensíveis às flutuações
climáticas. O trabalho destaca a importância de integrar fatores genéticos e
climáticos para otimizar a produção de café.

Acesso ao documento

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910