FLUORESCÊNCIA DA CLOROFILA a EM DIFERENTES FASES DO DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DOS FRUTOS DE TRÊS GENÓTIPOS DO MARACUJAZEIRO CULTIVADOS NO NORTE DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Nome: SIGRID COSTA VALBAO FREIRE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 13/02/2009
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Diolina Moura Silva Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Adelaide de Fatima Santana da Costa Coorientador
Antelmo Ralph Falqueto Examinador Interno
Diolina Moura Silva Orientador
GISELA FERREIRA Examinador Externo

Resumo: RESUMO
O objetivo deste trabalho foi o de estudar a cinética da emissão da fluorescência da clorofila a de três genótipos de maracujazeiro cultivados sob condições adversas, no norte do estado do Espírito Santo, e sua relação com a qualidade dos frutos. Dos três genótipos estudados, dois são comercialmente conhecidos: FB 100 (Maguary) e FB 200 (Yellow Master). O terceiro, apresenta casca arroxeada que busca as exigências do mercado de exportação de frutos in natura, neste trabalho chamado de genótipo teste - GT. As plantas foram cultivadas em campo experimental do Instituto Capixaba de Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), em Sooretama, ES, e submetidas a quatro manejos de solo: 1= aração e gradagem; 2= aração, gradagem e subsolagem; 3 = aração, gradagem e camalhão; 4 = aração, gradagem, subsolagem e camalhão. As medidas da cinética da emissão fluorescência da clorofila a, foram realizadas mensalmente, desde a fase de produção de muda até a efetiva produção de frutos, usando um fluorômetro portátil (Handy PEA - Hanstech, UK). A eficiência fotoquímica dos três genótipos foi maior enquanto as plântulas estiveram em viveiro. Na transição de viveiro para campo, o genótipo Maguary apresentou maior rendimento quântico efetivo de conversão de energia (FV/F0), maior probabilidade (no tempo zero) de um excitron capturado pelo centro de reação (RC) do fotossistema II (FSII) mover um elétron na cadeia de transporte para além de QA- (ET0/TR0) e maior índice de desempenho (P.I) quando comparado com os genótipos Yellow Master e GT. Ao serem transferidas para o campo, as plântulas do genótipo GT apresentaram os menores valores de ET0/TR0 e de P.I. Os parâmetros de fluorescência evidenciaram o estresse sofrido pelas plântulas no transplantio de viveiro para campo e também na passagem do crescimento vegetativo para o crescimento reprodutivo. Na transição da fase vegetativa para a fase reprodutiva, a eficiência quântica máxima do fotossistema II (FSII) (FV/FM), o fluxo de absorção de energia radiante por centro de reação (ABS/RC), o fluxo de energia capturada por centro de reação no tempo zero (TR0/RC), e o fluxo de transporte de elétrons por centro de reação no tempo zero (ET0/RC), foram semelhantes nos três genótipos. Entretanto, o genótipo GT apresentou maior rendimento quântico máximo efetivo do fotossistema II (FV/F0) e maior índice de desempenho (P.I), provavelmente devido a uma menor dissipação (DI0/RC) da energia
absorvida. A razão clorofilas/carotenóides foi, estatisticamente, maior no genótipo GT do que a encontrada nos genótipos FB 100 (Maguary) e FB 200 (Yellow Master) durante a transição de fase vegetativa para reprodutiva, o que evidencia a importância dos pigmentos clorofila b e carotenóides na fotoproteção do fotossitema diretamente relacionado ao maior índice de desempenho (P.I.). As análises de sólidos solúveis (SS) e acidez titulável (AT) dos frutos dos três genótipos de maracujazeiro foram feitas utilizando-se leitura direta do suco em refratômetro digital (Instrutherm, mod. RTD-45) e titulação em NaOH 0,1 N (padronizada), respectivamente. Os resultados mostraram que, no solo com aração, gradagem, subsolagem e camalhão (tratamento 4) as cultivares FB100 e FB200 apresentaram uma relação SS/AT média de 2,8 a 3,7 enquanto que em GT a média foi de 2,6. Apesar de apresentar excelentes características fisiológicas e agronômicas, estes resultados indicam o melhor sabor para consumo in natura nas duas cultivares já bem estabelecidas no estado do Espírito Santo.

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