CALOGÊNESE DE PAU-BRASIL (Caesalpinia echinata Lam.-Fabaceae) in vitro VISANDO A OBTENÇÃO DE UM BANCO DE GERMOPLASMA

Nome: Elias Terra Werner
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/02/2009
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Camilla Rozindo Dias Milanez Coorientador
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Examinador Interno
Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto Examinador Externo

Resumo: RESUMO

O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de estudar a calogênese de C. echinata in vitro, pela obtenção de calo, e o controle desse processo, testando-se diferentes meios de cultura, fontes de nitrogênio e interação entre auxinas e citocininas, com a finalidade de regeneração e conservação da espécie. A indução da calogênese é a primeira etapa, em que foram usados discos de foliólulos do pau-brasil em diferentes fases de desenvolvimento (junvenis, jovem e adulto) combinados com 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) (0, 5, 10, 20, 50, 100 mg/L) e 6-benzilaminopurina (6-BAP) (2,0 mg/L) cultivados em meio de cultura MS. Foliólulos juvenis cultivados com concentração de 2,4-D de 5 a 20 mg/L e foliólulos jovens tratados com 50 e 100 mg/L 2,4-D geraram calos sem diferenças significativas entre luz e escuro. A transferência de calos do meio MS com 5,0, 10,0 e 20,0 mg/L de 2,4-D para meio sem fitorreguladores estimulou a formação de massas pró-embrionárias (MPEs). Os meios livres de fitorreguladores, 2,0 mg/L de 2,4-D e 0,5 mg/L de 2,4-D elevou o número de calos embriogênicos e de massas pré-embrionárias. Somente em 0,5 mg/L 2,4-D verificou-se algumas estruturas semelhantes à embriões somáticos na fase globular e codiforme. Testou-se também diferentes antioxidantes (ácido cítrico, ácido ascórbico e carvão ativado) nos foliólulos jovens de pau-brasil, com intuito de controlar a oxidação desses explantes. Os melhores resultados foram proporcionados pelo carvão ativado, porém, inibitório à calogênese. Avaliou ainda a resposta no crescimento de calos de pau-brasil sob influência de diferentes meios de cultura (MS, B5, White e WPM), de fontes nitrogenadas e suas interações (NH4NO3, KNO3 e glutamina) e a interação entre auxinas (2,4-D, AIA e AIB) e citocininas (BAP e KIN). Os explantes utilizados para estes testes foram calos de pau-brasil, induzidos a partir de foliólulos juvenis, inoculados em meio de MS suplementado com 20 mg/L de ácido 2,4-diclorofenóxiacético (2,4-D). Fragmentos de aproximadamente 0,1g de massa fresca foram utilizados para a análise dos diferentes meios de cultura, efeitos dos compostos nitrogenados e a interação de auxinas e citocininas. As análises de massa fresca foram realizadas nos experimentos aos 30 e 60 dias após a inoculação. No final de cada experimento (60 dias) determinou-se a massa seca. Com relação aos meios testados, MS, B5 e White não diferenciaram entre si estatisticamente. No entanto, o meio WPM apresentou valores significativamente diferente em relação aos outros 3 meios (MS, B5, White). Nas fontes de nitrogênio testadas e suas interações, o tratamento tendo como única fonte o NH4NO3 estimulou melhores resultados aos 60 dias de cultivo. A interação entre auxinas e citocininas, de modo geral, não houve diferença estatística entre os tratamentos. No entanto, os tratamentos com 2,4-D foram os que possibilitaram maior produção de massa fresca dos calos sendo a concentração de 0,5 mg/L de 2,4-D associada a 5,0 mg/L BAP proporcionou melhor resultado. Realizou-se análise histológica nos calos, mostrando que não houve a formação de embriões somáticos nos calos de pau-brasil. Porém, verificou-se que a calogênese em pau-brasil ocorre na superfície adaxial dos foliólulos, resultado da proliferação das células do parênquima clorofiliano. Os calos apresentaram coloração variando do amarelo escuro a marrom, mostrando aspecto friável, não embriogênico, e com acúmulo de conteúdo fenólico. Observou-se ainda a presença de áreas meristemáticas (meristemóides), mostrando que calos de pau-brasil são competentes, embora não embriogênicos.

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