EFEITOS DA LUMINOSIDADE NA GERMINAÇÃO E NO
DESENVOLVIMENTO DE ARBÓREAS NATIVAS DE MATA ATLÂNTICA

Nome: INAYÁ CASTIGLIONI PARADIZO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/02/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Diolina Moura Silva Examinador Interno
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador
HELENICE MECIER Examinador Externo
MARCO ANTONIO GALEAS AGUILAR Coorientador

Resumo: RESUMO
A fase do ciclo de vida que influencia a distribuição das plantas é chamada de
germinação. A radiação não é para a planta somente uma fonte de energia,
mas também um estímulo governando o desenvolvimento e também pode ser
um fator estressante. Para que se compreendam todas as etapas de uma
comunidade vegetal, bem como a sobrevivência e regeneração natural do
habitat, vários estudos sobre a ecofisiologia da germinação e os efeitos da
radiação luminosa são importantes. Visando esse contexto, os objetivos do
presente estudo foram: Capitulo 1: a) Determinar as condições mais
adequadas de germinação das espécies de angico, P. dubium, e brauna, M.
brauna, em relação à intensidade luminosa (luz, escuro e fotoperíodo),
temperatura (20, 25, 30, 35 e 40°C) e quebra de dormência com escarificação
mecânica; b) Quantificar a produção de óxido nítrico e etileno durante a
germinação das espécies descritas de acordo com a intensidade luminosa
incidida sendo: escuro (0 μmoles.m-2.s-1) luz baixa (50 μmoles.m-2.s-1), luz
média (250 μmoles.m-2.s-1) e luz alta (1200 μmoles.m-2.s-1); c) Relacionar o
óxido nítrico como um sinalizador nas primeiras fases da germinação do angico
com o auxilio de substâncias seqüestradoras (c-Ptio) e doadoras (SNP) de NO.
Capítulo 2: a) Analisar a fluorescência da clorofila a nos tratamentos a pleno sol
(1900 μmoles.m-2.s-1) e sombra (59 μmoles.m-2.s-1) para determinar o índice de
desempenho fotossintético das plantas de peroba e jequitibá; b) Quantificar a
produção de carboidratos de parede de xilema para visualizar a capacidade
das plantas de jequitibá e peroba regularem seu metabolismo de acordo com
as condições dos tratamentos a pleno sol (1900 μmoles.m-2.s-1) e na sombra
(59 μmoles.m-2.s-1); c) Realizar a analise de crescimento nas espécies no
tempo inicial e 60 dias após a exposição das plantas a pleno sol (1900
μmoles.m-2.s-1) e sombra (59 μmoles.m-2.s-1); d) Visualizar as diferenças morfoanatômicas
nas folhas de peroba e jequitibá expostas a pleno sol (1900
μmoles.m-2.s-1) e sombra (59 μmoles.m-2.s-1). Foram determinadas as
condições mais adequadas de germinação, porcentagem de germinação, IVG,
TMG e VMG. A Braúna, M. brauna, demonstrou uma condição de
germinabilidade maior no escuro, sendo então caracterizada como uma
fotoblástica negativa ou tolerante a sombra. Já o Angico, P. dubium, obteve
uma condição oposta, tendo maior germinabilidade na luz, sendo uma
fotoblástica positiva ou pioneira. As duas espécies germinaram melhor nas
temperaturas de 25 e 30°C, o que está na normalidade para as espécies
tropicais nativas. Angico: a baixa intensidade luminosa (50 μmoles.m-2.s-1)
obteve uma maior porcentagem de germinação e a produção mais adequada
de NO (10 nmoles.g-1 de MF.h-1). No escuro a porcentagem de germinação foi
mais baixa, porém obteve a maior produção de NO (20 nmoles.g-1 de MF.h-1),
indicando que não houve catabolismo do NO. Em alta intensidade luminosa a
porcentagem de germinação foi baixa devido a baixa produção de NO, porém o
estresse luminoso levou a uma produção de etileno maior que nas condições
ideais. Nas sementes de angico, o NO foi o sinalizador da germinação, pois o
SNP mostrou-se promover a germinação, já o c-PTIO bloqueou o processo
germinativo. Braúna: no escuro houve a maior porcentagem de germinação
com a produção ideal de NO (5 nmoles.g-1 de MF.h-1). O jequitibá e a peroba
demonstraram ter um desempenho fotossintético mais adequado nas
condições de sombra (59 μmoles.m-2.s-1). Em ambas as espécies os
carboidratos totais e a glicose ficaram em maior concentração nas plantas de
sol, pelo aspecto protetor desses açúcares. Peroba demonstrou obter um
melhor crescimento e desenvolvimento no tratamento de sombra. E o jequitibá
demonstrou ser indiferente aos tratamentos, porém com preferência a pleno
sol. O jequitibá possui uma grande facilidade de se adaptar ao ambiente de
pleno sol, tendo então uma boa plasticidade fenotípica. Porém, peroba
desenvolveu uma estrutura que se relaciona com as necroses foliares,
sofrendo injurias a pleno sol. Assim, peroba pode ser classificada como uma
espécie tolerante a sombra ou clímax devido as suas características e
comportamento. E o jequitibá pode ser classificado como uma espécie pioneira,
com grande plasticidade fenotípica.
Palavras-chaves: radiação luminosa, espécies nativas, germinação e
crescimento.
ABSTRACT
We

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