PLASTICIDADE DE PLANTAS JOVENS Handroanthus chrysotrichus (Mart. Ex. DC.) Mattos (bignoniaceae) EM RESPOSTAS A RADIAÇÃO SOLAR

Nome: MANUELA GONORING SOARES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CAMILLA ROZINDO DIAS MILANEZ Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTÔNIO CHAMBÔ FILHO Examinador Externo
CAMILLA ROZINDO DIAS MILANEZ Orientador
RENATA VENTURIM FONTES Examinador Interno

Resumo: RESUMO
A capacidade das plantas em apresentar respostas adaptativas funcionais em relação às condições ambientais é conhecida como plasticidade, podendo ser expressa pelo processo de aclimatação. No ambiente florestal, a luz é um dos fatores principais no estabelecimento e distribuição de espécies vegetais. Neste contexto, espécies mais plásticas apresentam maiores taxas de sobrevivência em relação à variação da disponibilidade luminosa. Os ajustes podem ser fisiológicos, morfológicos e anatômicos e variam de acordo com o nível de exposição à radiação e as características de plasticidade do indivíduo. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a plasticidade de plantas jovens de Handranthus chrysotrichus em resposta a diferentes intensidades luminosas. Para tanto, as plantas foram submetidas a três tratamentos: pleno sol (100% de radiação), sombreamento moderado (50% de radiação solar) e sombreamento severo (5% de radiação solar). A plasticidade foi avaliada por meio da análise de modificações de características aos níveis fisiológicos, morfológicos e anatômicos. Foram realizadas análises de crescimento, teor de pigmentos fotossintetizantes, teor de carboidratos solúveis foliares, atividade de enzimas antioxidantes (catalase e peroxidase do ascorbato), anatomia foliar (espessura da cutícula, da epiderme, parênquima paliçádico, mesofilo paravenal, parênquima esponjoso e densidade estomática) e caulinar (espessura da periderme, floema secundário, faixa cambial, xilema secundário e diâmetro, comprimento e densidade dos vasos), testes histoquímicos e índice de plasticidade (IP), após 90 e 200 dias de tratamento. Para as folhas, foram realizadas avaliações em folhas pré-existentes à submissão aos tratamentos e em folhas novas emitidas. As plantas apresentaram respostas comumente encontradas em espécies adaptadas ao sol e à sombra. O crescimento foi estimulado em resposta à alta irradiância, pelo maior acúmulo de massa seca e carboidratos solúveis foliares. O teor de pigmentos fotossintetizantes foi superior nas plantas sob sombreamento severo. A atividade da enzima catalase foi inferior nas plantas submetidas ao pleno sol e a enzima peroxidase do ascorbato não apresentou variação entre os tratamentos ao final do experimento. Em relação à anatomia foliar, houve variações na espessura da cutícula, dos tecidos foliares e na densidade estomática. O caule apresentou variações quanto à espessura dos tecidos avaliados, diâmetro e densidade dos vasos. As variáveis anatômicas analisadas mostraram valores superiores nas plantas em pleno sol e sombreamento moderado. Em relação aos testes histoquímicos, foram encontradas diferenças na deposição de grãos de amido em tecidos caulinares, maior em pleno sol. A análise do IP demonstrou que os ajustes após 90 dias de tratamento foram predominantemente fisiológicos, sendo o teor de pigmentos fotossintetizantes e a massa seca total, as características mais plásticas. Entretanto, ao final de 200 dias de tratamento, os ajustes foram predominantemente morfológicos (massa foliar específica, área foliar específica, razão de área foliar, bem como a produção de massa seca total), anatômicos foliares (espessura do parênquima esponjoso, densidade estomática) e anatômicos caulinares (espessura da faixa cambial). Os resultados obtidos indicam que plantas jovens de H. chrysotrichus apresentam grande plasticidade frente à variação da disponibilidade de luz, o que torna essa espécie recomendada para projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.
Palavras-chave: aclimatação, anatomia, caule, fisiologia, folha, ipê-amarelo, morfologia

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