EFEITOS DA PULVERIZAÇÃO FOLIAR COM SILÍCIO NA TOLERÂNCIA DE Theobroma cacao L. (MALVACEAE) AO DÉFICE HÍDRICO
Nome: LEONARDO VALANDRO ZANETTI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2013
Orientador:
Nome | Papel |
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CAMILLA ROZINDO DIAS MILANEZ | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CAMILLA ROZINDO DIAS MILANEZ | Orientador |
CARLOS ALBERTO SPAGGIARI DE SOUZA | Examinador Externo |
GERALDO ROGÉRIO FAUSTINI CUZZUOL | Examinador Interno |
MARCO ANTONIO GALEAS AGUILAR | Coorientador |
Resumo: Theobroma cacao L. (MALVACEAE) AO DÉFICE HÍDRICO
Assim como em várias regiões do Brasil, o norte do estado do Espírito Santo, pólo produtor de cacau, apresenta intensos períodos de estiagem que provocam queda na produção agrícola. É anseio de qualquer agricultor o desenvolvimento de tecnologias de qualidade a baixo custo que permitam aumentar a produção agrícola, e é nesse contexto que surge a adubação com silício (Si), uma tecnologia pouco explorada no Brasil e que já se mostra promissora na manutenção ou aumento da produtividade em situações de estresse hídrico. Sendo assim, objetivou-se com este trabalho verificar as respostas fisiológicas e anatômicas de um clone de cacau (PH 16) submetido a um ciclo de défice hídrico após pulverização foliar com Si, visando a determinar se o Si confere tolerância à seca. O experimento foi instalado em casa de vegetação, no delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, em arranjo fatorial 2 x 3, constituído de dois regimes hídricos, irrigado ou não irrigado, e três doses de Si, 0,0, 1,5 e 3,0 mg/mL, com pó molhável de SiO2. Após vinte dias de suspensão da irrigação, avaliações foram realizadas na 2ª ou 3ª folha completamente expandida a partir do ápice do eixo ortotrópico. Os resultados mostraram que o teor de fenóis foi elevado com a aplicação de SiO2 independente da dose. O uso do SiO2 melhorou a estabilidade das membranas celulares das plantas sob défice hídrico, e a atividade de algumas enzimas antioxidantes: catalase (CAT), peroxidase do ascorbato (APX), peroxidase do guaiacol (POD) e polifenoloxidase (PPO), sendo a dose de 1,5 mg/mL a melhor. A aplicação dessa dose favoreceu as reações fotoquímicas, a taxa fotossintética, a eficiência do uso da água e a taxa de carboxilação das plantas de cacau sob défice. A densidade estomática foi reduzida nas plantas não irrigadas sob maior dose de Si. Contudo, a aplicação de Si não interferiu no conteúdo de água das folhas sob défice, apesar de reduzir o potencial hídrico foliar. Presume-se que a mucilagem tenha um papel importante na manutenção do conteúdo hídrico das folhas de T. cacao. As espessuras dos tecidos foliares (epiderme, parênquima paliçádico e esponjoso), bem como o teor de pigmentos fotossintetizantes e o conteúdo de Si nas folhas, não sofreram influência das doses de Si. Desse modo, sugere-se que o acúmulo de Si sobre as folhas foi benéfica, sendo a dose de 1,5 mg/mL, a mais eficiente para a tolerância das plantas de cacau ao défice hídrico.
Palavras-chave: Anatomia, cacau, défice hídrico, enzimas antioxidantes, fotossíntese, silício.