Dormência em espécies arbóreas de dois biomas brasileiros
Nome: JOSINEI RODRIGUES FILHO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/02/2017
Orientador:
Nome | Papel |
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Idalina Tereza de Almeida Leite | Co-orientador |
Viviana Borges Corte | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Camilla Rozindo Dias Milanez | Suplente Interno |
Elias Terra Werner | Examinador Interno |
Francisco Candido Cardoso Barreto | Suplente Externo |
Idalina Tereza de Almeida Leite | Coorientador |
Renita Betero Corrêa Frigeri | Examinador Externo |
Viviana Borges Corte | Orientador |
Resumo: A dormência pode ser definida como um bloqueio do processo de germinação de sementes viáveis mesmo quando são expostas a condições favoráveis do ambiente. Este impedimento está presente em grande número de espécies florestais dos mais variados biomas. No território brasileiro são encontrados seis biomas diferentes, sendo que dois deles apresentam diferenças marcantes quanto à disponibilidade hídrica. São eles: A Floresta Ómbrofila Densa, representada pela Floresta Amazônica e Atlântica, e o Cerrado. Os trabalhos que mostram uma relação clara entre a dormência e o bioma em que a espécie ocorre ainda são escassos. O presente trabalho teve por objetivo verificar no capítulo um, por meio de levantamento bibliográfico, a possível associação entre a ocorrência da dormência de sementes de espécies florestais nativas e diferentes biomas (Floresta Ombrófila Densa e Cerrado brasileiro), entre grupos ecológicos (pioneiras e clímax), e em relação às famílias botânicas, bem como testar, no capítulo dois, a eficiência de diversos tratamentos para a superação da dormência de Senna pendula, uma espécie florestal brasileira, e realizar a caracterização morfológica de suas sementes. Foram amostradas, ao acaso, 100 espécies de cada bioma e para verificar a possível associação entre os fatores foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson. Sementes de Senna pendula, (nativa da Floresta Ombrófila Densa) foram submetidas a diversos tratamentos para quebra de dormência: a) escarificação mecânica do tegumento na parte oposta ao embrião com lixa nº 40 por 30 segundos; b) imersão em água quente a 70 ºC por 5, 10, 15 e 20 minutos; c) imersão em água quente a 90 ºC por 5, 10, 15 e 20 minutos; d) imersão em ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado por 5, 10, 15 e 20 minutos, seguida de lavagem em água corrente; e e) sementes sem tratamento (controle). O levantamento mostrou que apesar do Cerrado apresentar um percentual de dormência discretamente maior quando comparado à floresta (54 a 47%), esta diferença não foi significativa. A independência dos fatores também foi observada na correlação com os grupos ecológicos o que indica que não houve associação entre as variáveis analisadas. As sementes de Senna pendula apresentaram dormência física caracterizada por uma espessa camada tegumentar que impede a absorção de água do meio. Os tratamentos mais efetivos para a quebra da dormência foram a escarificação mecânica e química com percentuais de germinação de até 94%.