Avaliação da Atividade Alelopática, Antioxidante, Fotoprotetora e do Perfil Fitoquímico de Extratos de Folhas de Geonoma schottiana Mart.
Nome: ALESSANDRO BERMUDES GOMES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 20/03/2020
Orientador:
Nome | Papel |
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Viviana Borges Corte | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Camilla Rozindo Dias Milanez | Orientador |
Carine Coneglian de Farias Colman | Suplente Externo |
Elias Terra Werner | Examinador Interno |
Hildegardo Seibert França | Coorientador |
Janaína Brandão Seibert | Examinador Externo |
Valéria de Oliveira Fernandes | Suplente Interno |
VITOR DE LAIA NASCIMENTO | Examinador Externo |
Viviana Borges Corte | Orientador |
Resumo: A espécie Geonoma schottiana Mart. se destaca por ser uma planta nativa da Mata
Atlântica, com poucos estudos sobre o seu potencial biológico e fitoquímico. Logo, o
presente trabalho teve como objetivo realizar a bioprospecção de folhas de G.
schottiana, avaliando o seu potencial alelopático, antioxidante, fotoprotetor e a
constituição fitoquímica do extrato etanólico e suas frações (hexano, diclorometano,
acetato de etila e butanol). A atividade alelopática foi desenvolvida através de testes
biológicos com análises das varáveis de germinação e do crescimento inicial, na qual,
as frações hexano e butanol apresentaram os melhores resultados, pois
potencializaram as variáveis de germinação e crescimento na alface e sensibilizaram
o capim colonião. A análise das frações hexano e butanol na concentração de 1,0
mg/mL promoveu o aumento da atividade das enzimas antioxidantes Catalase (CAT),
Peroxidase (POX) e superóxido dismutase (SOD) em semente e raízes de capim
colonião, assim como peroxidação lipídica (MDA). Os teores de compostos fenólicos
e flavonoides totais foram avaliados pelos métodos Folin-Ciocalteau e do cloreto de
alumínio, respectivamente, enquanto os taninos foram determinados pelo método da
precipitação da caseína. Os teores de fenólicos foram significativos para as frações
butanol e acetato de etila, enquanto taninos e flavonoides foram significativos para a
fração butanol. A atividade antioxidante foi determinada pelos métodos ABTS, DPPH,
FRAP, ensaio TAC-Fosfomolibdênio. A análise da atividade redox do ABTS aumentou
na fração butanol, assim como para o DPPH nas frações acetato de etila e
diclometano e o para o FRAP para a fração diclorometano, comparados ao
equivalente de trolox (µMol Trolox/g do extrato). O ensaio TAC-Fosfomolibdênio foi
significativo para as frações hexano e diclorometano comparados a equivalentes de
ácido ascórbico (µg EAA g-1). Avaliou-se o fator de fotoproteção do extrato etanólico
e suas frações, em que a fração hexano obteve o melhor resultado para o fator de
proteção solar (6,39). A prospecção fitoquímica foi realizada pela cromatografia de
camada delgada (CCD), pela cromatografia de alta eficiência (CLAE) e pela
cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Foram
identificados na prospecção fitoquímica por CCD: esteroides, lignina, mono e
diterpenos, alcalóide e flavonoide. A análise da CLAE demonstra a presença de ácido
clorogênico no extrato bruto e de hyperosídeo na fração acetato de etila, sendo os
padrões isoquecertina, mirecitina e rutina encontrados na fração acetato de etila e
butanol. A CG/EM da fração hexano e do diclorometano demonstrou a presença do
fitol, um precursor da vitamina E. Em suma, os resultados obtidos neste trabalho
indicam que o extrato etanólico de folhas de G. schottiana e suas frações possuem
potencial como fonte de compostos com atividade alelopática, antioxidante e
fotoprotetora.
Palavras-chave: Alelopatia. Bioprospecção. Germinação. Antioxidantes.