IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES ACUMULADORAS DE ALUMÍNIO EM FORMAÇÃO
FLORESTAL INUNDÁVEL DA RESTINGA: ANÁLISE QUÍMICA, HISTOQUÍMICA E ANATÔMICA

Nome: Fernanda Bonini dos Reis
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Camilla Rozindo Dias Milanez Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Camilla Rozindo Dias Milanez Orientador
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Suplente Interno
HIULANA PEREIRA ARRIVABENE Coorientador
LEONARDO VALANDRO ZANETTI Examinador Externo
Silvia Tamie Matsumoto Examinador Interno
VINÍCIUS NOVO GAMA Suplente Externo

Resumo: A acidez dos solos, compostos principalmente por minerais aluminossilicatos é
uma condição natural em regiões tropicais. Solos com pH próximo a 5.0 são
favoráveis para a disponibilidade do Al 3+ , forma fitotóxica para algumas
espécies. Altas concentrações de Al 3+ são encontradas na Floresta Inundável,
fitofisionomia de restinga pertencente à floresta tropical Atlântica. Algumas
espécies vegetais adaptadas a solos ácidos desenvolvem mecanismos de
exclusão ou de tolerância ao alumínio (acumuladoras). Este trabalho teve como
objetivo investigar se espécies lenhosas ocorrentes na Floresta Inundável de
restinga do Parque Estadual Paulo César Vinha, Guarapari - ES são
acumuladoras de alumínio; quantificar e verificar os principais sítios de acúmulo
desse elemento e descrever a anatomia foliar e caulinar das espécies
acumuladoras. Para tanto, as espécies acumuladoras foram identificadas por
meio da quantificação do teor de Al em folhas e caule de 28 espécies reunidas
em 24 famílias. Para a histolocalização do Al, secções transversais de folhas
(limbo e pecíolo) e caules (estrutura primária e secundária) de material fresco
foram submetidas ao teste com cromo azurol- S. A caracterização anatômica e
histoquímica das espécies acumuladoras foi realizada de acordo com técnicas
usuais de anatomia vegetal. As análises químicas revelaram que o maior
acúmulo de alumínio ocorreu preferencialmente nas folhas em relação aos
caules. Dentre as espécies avaliadas, Miconia sp.1, Miconia sp.2 e Laplacea
fruticosa foram identificadas como acumuladoras de Al. Embora Pouteria
cuspidata não tenha mostrado teor de Al acima de 1000 mg/kg de massa seca
foliar, essa espécie mostrou alto teor de Al no látex (4.991 mg/kg), por isso
incluímos essa espécie às demais acumuladoras. A análise histoquímica
mostrou que o Al foi encontrado predominantemente impregnando paredes
celulares, podendo também se acumular no conteúdo de algumas células. A
presença de Al em células lignificadas não foi muito comum, mas em P.
cuspidata e Miconia sp.1 foi observado o acúmulo em elementos de vaso em
processo de diferenciação e na parede mais interna de fibras gelatinosas,
respectivamente. Conclui-se que as quatro espécies lenhosas acumuladoras
de Al não seguem um padrão de compartimentalização em folhas e caules,
nem mesmo para as espécies do mesmo gênero. Em Miconia, o alumínio
ocorre nos mesmos sítios de acúmulo de compostos fenólicos, e merecem
novos estudos a fim de compreender a relação entre esses dois elementos.
Palavras-chave: Aluminotóxico, caule, folha, histoquímica, morfologia.

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