ESTUDOS DO CROMO TRIVALENTE SOBRE OS ASPECTOS FISIOLÓGICOS, ANATÔMICOS E GENÉTICOS EM PLANTAS
NATALIA NATI
Vitória, Espírito Santo
2011
Nome: NATALIA NATI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/02/2011
Orientador:
Nome | Papel |
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Silvia Tamie Matsumoto | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Camilla Rozindo Dias Milanez | Examinador Interno |
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol | Coorientador |
Silvia Tamie Matsumoto | Orientador |
Resumo: RESUMO
A contaminação ambiental por metais pesados é uma preocupação mundial, uma vez que, a principal fonte desses poluentes são os efluentes industriais e domésticos. O cromo é um dos metais pesados mais abundantemente encontrados nos recursos hídricos do Espírito Santo em função de uma diversidade de atividades industriais. Nesse contexto, foram avaliados os efeitos de concentrações decrescentes de cromo trivalente na anatomia e na fisiologia em plantas jovens de Inga vera e seu efeito sobre as células no aspecto da toxicidade e mutagenicidade em células meristemáticas de raízes de Allium cepa. Raízes de bulbos de A. cepa L. (Liliaceae) foram mantidas em soluções de cromo trivalente em diferentes concentrações, 0,5000 mg/L; 0,0500 mg/L; 0,0250 mg/L; 0,0125 mg/L; 0,0062 mg/L e 0,00 mg/L por 24, 48 e 72 horas para as avaliações de citotoxicidade, genotoxicidade e mutagenicidade. Para as plantas de Inga vera Willd. (Fabaceae) as mudas foram expostas ao poluente nas concentrações de 0,5000 mg/L; 0,0500 mg/L; 0,0250 mg/L; 0,0125 mg/L e 0,00 mg/L, por 60 e 120 dias. As raízes e folhas foram coletadas para as avaliações fisiológicas, onde foram mensurados o crescimento e biomassa. Nas folhas também foram realizadas mediadas de pigmentos fotossintetizantes. Foram realizados cortes anatômicos dos diferentes órgãos das plantas para comparar os espécimes expostos ao cromo aos que cresceram na ausência desse poluente. As informações obtidas nesse estudo deverão alertar os órgãos de fiscalização ambiental sobre o impacto gerado pelo cromo trivalente, potencial poluidor de efluentes, visando à prevenção da saúde pública, uma vez que há a possibilidade do consumo de animais aquáticos e produtos agrícolas contaminados. Em relação aos índices de citotoxicidade foi possível notar, que as maiores concentrações apresentaram queda na divisão celular conforme o tempo de exposição aumenta. As concentrações mais altas testadas mostraram alto potencial genotóxico, no entanto com o aumento do tempo de exposição essa situação foi normalizada. Para mutagenicidade observaram-se médias estatisticamente superiores proporcionais às concentrações do metal cromo. Esses dados indicam um efeito agudo de genotoxicidade e mutagenicidade causado por esse metal em A. cepa. Os dados de análises de crescimento, em plantas de Inga vera, não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos. Na análise de pigmentos fotossintetizantes foi possível observar que os indivíduos expostos a diferentes concentrações apresentaram teores de pigmentos semelhantes. Folhas e raízes de plantas expostas e não expostas ao cromo não mostraram alterações em suas organizações. Os resultados obtidos indicam que I. vera é uma espécie resistente às concentrações de cromo analisadas nas condições desse experimento.
Palavras-chave: Allium cepa, anatomia, citologia, cromo trivalente, fisiologia, Inga vera.