PLASTICIDADE FENOTÍPICA DE TRÊS ARBÓREAS TROPICAIS EM CONDIÇÕES DE IRRADIÂNCIA CONSTRASTANTES
Nome: THIELE ARPINI GABURRO DALVI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2013
Orientador:
Nome | Papel |
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GERALDO ROGÉRIO FAUSTINI CUZZUOL | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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GERALDO ROGÉRIO FAUSTINI CUZZUOL | Orientador |
JOSÉ FRANCISCO DE CARVALHO GONÇALVES | Examinador Externo |
VIVIANA BORGES CORTE | Examinador Interno |
Resumo: O plantio de arbóreas nativas tropicais encontra-se em ascensão, e para o
sucesso dessa atividade, é necessária informações sobre o comportamento
das espécies em relação ao meio no qual estão inseridas, como a intensidade
de radiação solar. No ambiente florestal, a luz é um dos fatores principais no
estabelecimento e distribuição de espécies vegetais. Assim, espécies com
ampla plasticidade apresentam vantagens adaptativas em ambientes
heterogêneos. Acredita-se que espécies tolerantes à sombra, apresentam em
geral, metabolismo com baixa flexibilidade de resposta às mudanças no
ambiente. Já as espécies exigentes de luz, se aclimatam mais rapidamente às
mudanças do regime de luminosidade. Nesse contexto, o objetivo do presente
trabalho foi avaliar a plasticidade fenotípica de três arbóres tolerantes ao
sombreamento (Cariniana estrellensis, Cedrela odorata e Manilkara salzmannii)
em condições de luminosidade contrastante considerando as respostas
fisiológicas, morfológicas e anatômicas. Para isso, plantas joves dessas
espécies foram submetidas a dois tratamentos: Pleno sol e Sombra ( 5% de
luminosidade). Após 150 dias de experimento, foram realizadas análise
morfológicas, fisiológicas e anatômicas. As três espécies mostraram intensas
alterações nos diferentes tratamentos, apresentando respostas comumentes
encontradas em espécies adaptadas ao sol e à sombra. Plantas de sombra
apresentaram menor razão R:PA, maiores valores para AFE, RAF, altura do
caule e maior teor de pigmentos fotossintéticos. Plantas de sol apresentaram
maior MFE, teor de carboidratos solúveis, além de maior espessura do limbo
foliar e densidade estomática. O índice de plasticidade mostrou que, para as
três espécies, houve maior amplitude de respostas em variáveis fisiológicas,
seguidas de morfológicas e anatômicas. A C. odorata apresentou maior IP de
variáveis morfológicas que C. estrellensis e M. Salmanni, o que mostra maior
plasticidade fenotípica dessa espécie em relação às outras. De maneira geral,
as espécies estudadas apresentaram elevada plasticidade fenotípica
relacionada a luminosidade contrastante, corroborando a hipótese de que
espécies tolerantes ao sombreamento são capazes de sobreviver em ambiente
altamente iluminado. Devido à capacidade de aclimatação em pleno sol, essas
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espécies se configuram como espécies de sombra facultativa, podendo ser
indicadas para programas de reflorestamento e recuperação de áreas
degradadas.
Palavras chave: Plasticidade, arbóreas, luminosidade, morfologia, fisiologia,
anatomia.